GEOPOLÍTICA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Partidos Comunistas rechaçam ideia de fim do ciclo progressista: “Revés é circunstancial”[:es]Coloquio Internacional: Los comunistas ante los nuevos desafíos en América Latina

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Leia a íntegra do comunicado dos Partidos Comunistas de sete países (Cuba, Brasil, Argentina, Uruguai, Bolívia, Peru e Paraguai) reunidos neste domingo (22) em Buenos Aires. A reunião analisou a conjuntura internacional do continente, marcada pela forte contraofensiva conservadora.

Os comunistas ante os novos desafios na América Latina

Os Partidos Comunistas, reunidos na cidade de Buenos Aires no dia 22 de maio de 2016, realizaram o Colóquio Internacional: “Os comunistas ante os novos desafios na América Latina”. Após a troca de opiniões e a análise da conjuntura política que a região está atravessando, manifestamos nossa profunda preocupação pelo avanço das políticas desestabilizadoras do imperialismo e seus aliados da direita local contra os processos progressistas e de esquerda que se desenvolveram nos últimos anos.

Destacamos também que estes processos de integração configuraram um dos fatos mais significativos e valiosos dessa etapa e devem ser defendidos e aprofundados e que os governos que se comprometeram com eles são atacados mais por suas virtudes do que por seus defeitos.

José Reinaldo representou o PCdoB no colóquio dos Partidos Comunistas
José Reinaldo representou o PCdoB no colóquio dos Partidos Comunistas

Foi dada atenção especial tanto à situação atual no Brasil, com a suspensão do cargo da presidenta Dilma Rousseff e o avanço do processo de impeachment contra ela, que foi descrito pelos presentes como um “golpe de Estado, legislativo, mediático e jurídico”; quanto ao desenvolvimento dos primeiros meses de governo Mauricio Macri na Argentina e as políticas de ajuste que estão sendo implementadas, com um alto custo econômico e social para amplas camadas da população.

Para além desta difícil situação, enfatizamos que não concordamos com a ideia de “fim do ciclo” dos governos progressistas e de esquerda na região. Frente às dificuldades e à contraofensiva lançada pelo imperialismo, entendemos que este revés é circunstancial e que cabe às forças do movimento popular, implantar um novo ciclo de lutas dos povos da região, em defesa do que foi conquistado e a criar as condições necessárias para poder avançar em novas e mais profundas conquistas.

Além disso, das experiências realizadas se depreende que os projetos populares na região não conseguiram modificar a matriz produtiva de nossos países, razão pela qual mantiveram seu poder os monopólios nacionais e estrangeiros, que atuam a partir daí para alinhar as forças da restauração conservadora. Isso exige trabalhar para a criação de uma correlação de forças que agregue as energias transformadoras necessárias, em que a única hegemonia seja exercida pelos trabalhadores e os povos contra os seus inimigos, para o que é necessário avançar a unidade das forças populares e progressistas e seu protagonismo democrático.

É neste sentido que enfatizamos a importância de encontros como este, onde as forças comunistas compartilham experiências, análises e propostas no âmbito do internacionalismo de classe, que sempre guiou nossas ações e com a convicção de que o capitalismo não é a solução, mas o problema que a humanidade enfrenta.

Sabemos que a revolução é nacional na forma e internacional no conteúdo, por isso nos comprometemos a seguir adiante com estas iniciativas que terão continuidade em 26 e 27 de agosto deste ano, na cidade de Lima, Peru, com a realização do Encontro de Partidos Comunistas e Revolucionários na América Latina e no Caribe.

Manifestamos a nossa solidariedade com as lutas dos povos em toda a região, exigimos a liberdade de Milagro Sala, injustamente detida na província de Jujuy, Argentina, e dos seis presos políticos no Paraguai.

Reafirmamos o nosso compromisso com a Revolução cubana e a luta contra o bloqueio, que ainda se encontra em vigor, e nos comprometemos a realizar ações coordenadas, no âmbito regional, em defesa da Revolução Bolivariana da Venezuela, diariamente sitiada pelo imperialismo e a oligarquia local.

Partido Comunista do Brasil

Partido Comunista da Bolivia

Partido Comunista de Cuba

Partido Comunista do Paraguai

Partido Comunista do Peru

Partido Comunista Patria Roja – Peru

Partido Comunista do Uruguai

Partido Comunista da Argentina

Tradução de Maria Helena De Eugenio para o Resistência

[:es]Los Partidos Comunistas reunidos en la ciudad de Buenos Aires el 22 de mayo de 2016, en el marco del Coloquio Internacional: “Los comunistas ante los nuevos desafíos en América Latina”, luego de haber intercambiado opiniones y analizar la coyuntura política que está atravesando  la región, manifestamos nuestra profunda preocupación por el avance de las políticas desestabilizadoras del imperialismo y sus socios de las derechas locales contra los procesos progresistas y de izquierda que se han desarrollado en los últimos años.

Destacamos asimismo, que estos procesos de integración han configurado uno de los datos más significativos y valorables de la etapa, que los mismos deben ser defendidos y profundizados, y que los gobiernos que se han comprometido con ellos son atacados más por sus virtudes que por sus defectos.

Especial atención se prestó, tanto a la situación que se está viviendo en Brasil con la suspensión de su cargo de la presidenta Dilma Rousseff y el avance del juicio político contra la misma, lo cual fue calificado por los presentes como un “golpe, legislativo, mediático y judicial”; como al desarrollo de los primeros meses de gobierno de Mauricio Macri en Argentina y las políticas de ajuste que se están implementando con un alto costo económico y social para amplios sectores de la población.

Más allá de esta difícil coyuntura, destacamos que no concordamos con la idea de “fin de ciclo” de los gobiernos progresistas y de izquierda en la región. Frente a las dificultades que estos atraviesan, y la contraofensiva lanzada por el imperialismo, entendemos que este retroceso es circunstancial y que corresponde a las fuerzas del campo popular abrir un nuevo ciclo de luchas de los pueblos para defender lo conquistado y crear las condiciones para poder avanzar en nuevas y más profundas conquistas.

Además, de las experiencias realizadas, se desprende que los proyectos populares en la región no lograron modificar la matriz productiva de nuestros países, por lo cual conservaron su poder los monopolios nacionales y extranjeros que actúan desde allí para alinear a las fuerzas de la restauración conservadora. Esto reclama trabajar para la creación de una relación de fuerzas que sume las necesarias energías transformadoras, donde la única hegemonía sea la que deben ejercer los trabajadores y los pueblos contra sus enemigos, para lo cual es necesario avanzar en la unidad de las fuerzas populares y progresistas y su protagonismo democrático.

Es en este sentido que destacamos la importancia de encuentros como este, en donde las fuerzas comunistas compartimos nuestras experiencias, nuestros análisis y propuestas en el marco del internacionalismo de clase que siempre ha guiado nuestras acciones y con la convicción de que el capitalismo no es la solución, sino el problema que enfrenta la humanidad.

Sabemos que la revolución es nacional por su forma e internacional por su contenido, por eso nos comprometemos a seguir adelante con este tipo de iniciativas que tendrán su continuidad el 26 y 27 de agosto de este año en la ciudad de Lima, Perú, donde se realizará el Encuentro de Partidos Comunistas y Revolucionarios de América Latina y el Caribe.

Manifestamos nuestra solidaridad con las luchas que los pueblos están llevando adelante en toda la región, exigimos la libertad de Milagro Sala, detenida injustamente en la provincia de Jujuy, Argentina, y de los seis presos políticos detenidos en Paraguay.

Reafirmamos nuestro compromiso con la Revolución cubana y en la lucha contra el bloqueo aún vigente, y nos comprometemos a llevar adelante acciones articuladas a nivel regional en defensa de la Revolución Bolivariana de Venezuela, asediada cotidianamente por el imperialismo y la oligarquía local.

 

Partido Comunista do Brasil

Partido Comunista de Bolivia

Partido Comunista de Cuba

Partido Comunista de Paraguay

Partido Comunista del Perú

Partido Comunista Patria Roja – Perú

Partido Comunista de Uruguay

Partido Comunista de la Argentina

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