Luta pela paz
Vitória da Paz: Japoneses derrotam planos de instalação de nova base militar dos EUA
A Presidência do Conselho Mundial da Paz soma-se às organizações amantes da paz na comemoração de uma grande vitória do povo japonês, que conseguiu evitar a instalação de mais uma base militar dos Estados Unidos na ilha de Okinawa.
Por Socorro Gomes*
Movimentos sociais japoneses e moradores locais protestam há décadas contra a presença militar estadunidense e, mais recentemente, contra os planos dos governos aliados de Tóquio e Washington para a construção de mais uma base militar em solo japonês, onde já estão encravadas dezenas dessas instalações.
O governo local iniciou um processo contra o governo central do Japão para evitar a realocação de uma base área dos EUA para a baía de Henoko, que foi anunciada pelo governo japonês em detrimento dos persistentes protestos contra a massiva presença militar estadunidense.
O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, foi obrigado a acatar a decisão judicial contra a instalação da base militar estadunidense no local. Mesmo assim, os movimentos da paz solidários ao povo japonês devem seguir atentos à situação, uma vez que a aliança entre o governo nipônico e o imperialismo estadunidense é persistente.
Residentes de Okinawa lutam pela remoção completa de soldados estadunidenses da ilha, denunciando a intrusão em suas vidas e até crimes cometidos pelos soldados contra a população. O Japão tem um tratado securitário com os Estados Unidos e quase 50 mil soldados estadunidenses estão no país – cerca de metade deles, em Okinawa. No total, segundo o site das Forças Armadas dos EUA no Japão, as tropas estadunidenses distribuem-se em 85 instalações (entre bases militares e outros tipos de destacamento).
Solidarizamo-nos e congratulamos o povo japonês mobilizado contra esta expressão da disseminação das ferramentas imperialistas de ameaça e acosso. Seguimos empenhados em uma campanha global contra as bases militares estrangeiras!
* Socorro Gomes é Presidenta do Conselho Mundial da Paz (CMP) e do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz)
Fonte: Cebrapaz