Vietnã

Vietnamitas expõem em museu os vestígios da guerra de agressão americana

01/07/2016

Aviões de guerra, tanques, bombas e outros artefatos usados pelos agressores estadunidenses durante a covarde guerra (1959-1975) que perpetraram contra o povo vietnamita, além de mais de 20 mil documentos e filmes, são as relíquias em exposição no Museu dos Vestígios da Guerra, que as delegações dos partidos comunistas e operários presentes no Vietnã para a reunião do Grupo de Trabalho preparatório do 18º Encontro, visitaram na tarde desta sexta-feira (1º) na Cidade Ho Chi Minh.

Anteriormente chamado Museu dos Crimes de Guerra Americanos, a instituição, que nos últimos 35 anos recebeu a visita de mais de 15 milhões de pessoas, é um ponto de referência obrigatório para quem visita a cidade que, antigamente chamada de Saigon, foi a capital do então Vietnã do Sul, governado pelo regime fantoche pró-estadunidense e base política e operacional do inimigo durante a Guerra do Vietnã.Museu 3

Ao passar pelo portão principal, o visitante ingressa num pátio repleto de veículos militares, munições, helicópteros, um jato de combate e tanques tomados da Força Aérea do então Vietnã do Sul. Perto do museu há um pequeno arsenal de bombas que dão a ideia daquilo que foi lançado sobre o país e sua população.   Na área externa do museu pode-se ver também uma réplica de um campo francês de prisioneiros (a França colonizou o Vietnã durante quase um século, sendo definitivamente expulsa em 1954). Ali podem ser vistos os cruéis e bárbaros instrumentos de tortura utilizados pelos ocupantes franceses contra os combatentes vietnamitas pela independência.

O museu guarda com zelo cívico e responsabilidade histórica o registro da heroica luta do povo vietnamita contra as forças invasoras. Constitui, simultaneamente, uma forte denúncia e uma ata de acusação dos crimes dos agressores e das consequências devastadoras da guerra.

A visita ao Museu é pedagógica sobre a história dessa guerra que marcou a história do século 20 como um dos episódios mais eloquentes da brutalidade do imperialismo estadunidense. Conhecer episódios como este, mergulhar nos detalhes documentados é indispensável para compreender a dominação imperialista.

A visita ao Museu dos Vestígios da Guerra toca os sentimentos, faz aumentar a admiração, o amor e a gratidão ao povo vietnamita. Nenhum outro país sofreu os efeitos da agressão dos Estados Unidos como o Vietnã. Nenhum povo pagou um tributo tão caro pela liberdade e a independência como o vietnamita, que ao derrotar no campo de batalha esse imperialismo tão agressivo, prestou um inestimável serviço à luta emancipadora de todos os povos. Durante a Guerra do Vietnã morreram três milhões de vietnamitas, entre estes cerca de dois milhões de civis, outros dois milhões de pessoas ficaram feridas e 300 mil pessoas são consideradas desaparecidas. O agente laranja, largamente utilizado pelos agressores provocou a devastação do meio ambiente e o nascimento, já por duas gerações, de pessoas com deformidades físicas e mentais.

Numa das paredes do museu está reproduzida a declaração de Curtis Lemay, comandante estratégico do Comando da Força Aérea estadunidense, em 25 de novembro de 1965 em que ameaça levar de volta os vietnamitas à Idade da Pedra, através de bombardeios incessantes. Os vietnamitas venceram e hoje, sob a direção do mesmo Partido Comunista que os levou à vitória, constroem um país pacífico e lutam pela prosperidade. Já o imperialismo estadunidense continua a fomentar a barbárie e ameaçar a sobrevivência da humanidade, com suas guerras e arsenais de armas de destruição em massa. A história ensina. O museu da cidade Ho Chi Minh que visitamos hoje é um valioso instrumento desse aprendizado.

José Reinaldo, de Cidade Ho Chi Minh, para Museu 2

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