Sionismo
Venezuela rechaça na ONU acusações de antissemitismo
O embaixador da Venezuela junto à ONU, Rafael Ramírez, rechaçou nesta quarta-feira (11) as acusações de antissemitismo, atribuídas por Israel às suas declarações em defesa do direito à vida e à independência dos palestinos.
Por Waldo Mendiluza
Em declarações feitas a jornalistas, na Venezuela, o diplomata qualificou de desproporcional a reação israelense à sua intervenção, feitas na sexta-feira passada (6), no Conselho de Segurança, onde foi realizada uma reunião sob a Fórmula Arria (encontros oficiosos com convidados), para discutir a proteção dos civis palestinos.
“Quero esclarecer que a Venezuela não tem nenhuma posição contra o povo judeu, o povo israelense, apenas expressamos nossa preocupação pela atitude do governo israelense, porque cremos que os palestinos têm direito à vida e a serem independentes”, disse.
Ramírez recordou que as tropas de Tel Aviv assassinam e aprisionam, inclusive crianças, nos territórios ocupados.
O embaixador venezuelano reiterou o respaldo de seu país ao povo palestino e à solução dos dois Estados, a qual, a própria ONU admite, afastará a violência que impera na região e o empenho dos ocupantes em manter a colonização da Cisjordânia com novos assentamentos.
Depois da reunião da sexta-feira no Conselho, que foi realizada a portas fechadas, o representante permanente de Israel nas Nações Unidas, Danny Danon, considerou as declarações de Ramírez “antissemitismo puro contra o Estado judeu”.
Ramírez ressaltou à Prensa Latina que o tema é objeto de uma manipulação.
“Faz-se seu uso político contra nós, existe todo um lobby para converter nossas palavras em algo que não sentimos”, frisou.
Fonte: Prensa Latina, Tradução: Maria Helena D’Eugênio, para o Resistência