Resistência

O chanceler iraniano, Mohamad Yavad Zarif, disse que o terrorismo não tem relação com o Islã. A declaração foi feita neste sábado (3) durante visita à Bósnia.

Segundo o chefe da diplomacia persa, o Irã e a União Europeia (UE) têm opinião convergente sobre a necessidade de lutar contra o terrorismo e o extremismo.

‘O extremismo não tem relação alguma com os preceitos do Islã nem com os de outras religiões. A luta ideológica e cultural contra o extremismo deve ser considerada uma prioridade fundamental’, reiterou.

O Irã e a União Europeia podem cooperar nessa batalha, o que será benéfico tanto para a segurança internacional como regional, enfatizou Zarif, que realiza uma visita à Bosnia como parte de um giro pelos Bálcãs e pela Europa Oriental.

Durante uma audiência com seu colega bósnio em Saraievo, o diplomta iraniano opinou que ‘tanto quanto não chamamos os cristãos de extremistas durante a década de 1990, tampouco consideramos muçulmanos os atuais extremistas do Oriente Médio’.

Zarif aludiu assim à guerra na Bósnia, ocorrida de 6 de abril de 1992 a 14 de dezembro de 1995 devido a uma complexa combinação de fatores políticos e religiosos que se seguiram ao final da Guerra Fria e à queda do socialismo na Iugoslávia.

Em outra parte de suas afirmações, o chanceler persa considerou que apesar das grandes derrotas do chamado Estado Islâmico, o terrorismo continua presente no Oriente Médio e é necessária a cooperação entre todos, incluída a Bósnia, para erradicá-lo de uma vez por todas.

Zarif terminou na Bósnia um périplo que o levou à Sérvia, Bulgária e Croácia, à frente de uma delegação de empresários e políticos de alto nível.

Resistência, com Prensa Latina