Ásia

Tensão sobe na Península Coreana

03/08/2017

Os Estados Unidos vão deslocar para a Coreia do Sul 12 caças F-16, em resposta ao recente lançamento de um míssil balístico intercontinental pela Coreia do Norte.

As autoridades militares estadunidenses explicam que se trata de uma medida visando “cumprir as responsabilidades de segurança no Pacífico Ocidental”. Para a agência sul-coreana Yonhap, “é uma demonstração do compromisso contínuo do Pentágono com a segurança regional”.

Os aviões e cerca de 200 militares do 176.º Esquadrão de Combate da Guarda Nacional Aérea de Wisconsin chegarão em agosto à Base Aérea de Kunsan, a 180 quilômetros de Seul, “para uma rotação de quatro meses”.

Por seu lado, a embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Nikki Haley, pediu que se aumente a pressão internacional sobre Pyonyang. A diplomata afirmou na segunda-feira que “acabou” o tempo para se falar sobre a Coreia do Norte.

Após o teste do míssil norte-coreano Hwasong-14, na semana passada, os EUA levaram a cabo, no Pacífico, uma prova com o sistema de defesa anti-míssil THAAD, também instalado na Coreia o Sul.

Paralelamente, os EUA e a Coreia do Sul realizaram exercícios conjuntos com lançamento de mísseis balísticos. Foram utilizados projéteis sul-coreanos Hyunmoo-2, assim como mísseis terra-terra Atacms, de fabrico norte-americano, ambos com um alcance de 300 quilômetros. Além disso, dois bombardeiros B-1B, dos EUA, sobrevoaram a Península Coreana, escoltados por caças sul-coreanos e japoneses.

Face a estes jogos de guerra, a Rússia manifestou “grande preocupação” pela escalada de tensão, criticando tanto o lançamento do míssil por Pyongyang como o aumento da atividade militar dos EUA, da Coreia do Sul e do Japão na zona.

Já a China, através do seu presidente, Xi Jinping, reafirmou que as suas forças armadas estão preparadas para defender a soberania nacional e a integridade territorial.

Xi proferiu estas declarações num discurso por ocasião dos 90 anos do Exército Popular de Libertação, fundado a 1º de agosto de 1927 sob a direção do Partido Comunista da China.

Fonte: Avante!

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