Mídia

Socorro Gomes em Cuba: “É preciso lutar contra o monopólio midiático”

22/09/2016

A esquerda latino-americana está obrigada a promover os meios alternativos de comunicação para enfrentar o monopólio da informação exercido pela direita, assegurou nesta quinta-feira (22) a presidenta do Conselho Mundial da Paz, Socorro Gomes.

“O Brasil é um exemplo do que digo: cinco famílias poderosas controlam os principais jornais e canais de televisão, nos quais atacaram e atacam diariamente Dilma Rousseff (legitimamente eleita pelo voto popular como presidenta do país, mas removida de seu cargo por um golpe parlamentar), e o ex-mandatário Luís Inacio Lula da Silva”, disse, em entrevista à Prensa Latina.

Com suas manipulações os grandes meios de comunicação abusam dos princípios de liberdade de expressão e imprensa, pois não respeitam o direito dos povos a receber informação fidedigna e de qualidade, além de que não são julgados por mentir ou ocultar dados, acrescentou.

No cenário latino-americano, a desvantagem da esquerda neste sentido salta aos olhos, em comparação com a situação da imprensa de direita; casos como o da Telesur são felizes exceções, comentou.

Socorro Gomes, que está em Cuba participando no primeiro Seminário Internacional ‘Realidades e desafios da Proclamação da América Latina e    Caribe como Zona de Paz’, destacou a importância de expandir uma cultura da paz através das escolas e da imprensa contra os que tentam impor novamente o  credo neoliberal no continente.

Nesse sentido, a líder pacifista brasileira chamou a “transformar a região em uma verdadeira zona de paz, como proclamaram há dois anos em Havana os chefes de Estado e de Governo que participaram na segunda Cúpula da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos”.

Na véspera, Socorro Gomes recebeu a Medalha da Amizade das mãos do chefe do Departamento de Relações Internacionais do Partido Comunista de Cuba, José Ramón Balaguer, por seu apoio à  soberania de Cuba, sua atividade a favor do  levantamento do bloqueio econômico dos Estados Unidos à Ilha e o respaldo à defesa da Revolução  cubana.

Com Prensa Latina

 

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