Síria
Rússia rejeita declarações antiéticas dos EUA sobre a Síria
O chanceler russo, Sergei Lavrov, rejeitou nesta sexta-feira (30), declarações antiéticas, por parte do Departamento de Estado dos EUA, sobre a política de Moscou na Síria, em uma conversa telefônica com o secretário de Estado John Kerry.
Lavrov expressou sua indignação com as declarações desatinadas de representantes da política externa dos EUA, informou o vice-ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Ryabkov.
Além disso, tentativas sem precedentes de declarar a Rússia como a culpada pela escalada de um conflito provocado desde o seu início pelas potências ocidentais, incluindo os Estados Unidos, estão fora da ética diplomática, disse Lavrov.
As tentativas de colocar, a todo custo, a Rússia no banco dos réus, levantam sérias suspeitas sobre o papel negativo que jogam os EUA no conflito sírio, considera o diplomata.
Esta semana, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zajarova, denunciou as declarações do porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, John Kibri, que previu para a Rússia soldados mortos em sacos de plástico, aviões derrubados e até atentados em suas cidades
Todo isso ocorreria, afirmou Kibri, se a Rússia continuasse com a sua política relativa à Síria, segundo o funcionário estadunidense, de recrudescimento da violência no país árabe.
A Rússia atendeu ao apelo feito pela Síria para lutar de maneira efetiva contra os movimentos terroristas, como o chamado Estado Islâmico ou Jabjad Nusra.
Sem que se tivesse cumprido sequer um ano do início das ações da aviação russa, o exército sírio alcançou visíveis êxitos em seus esforços para expulsar os terroristas.
Os ataques pela mídia e também verbais do Ocidente contra Moscou começaram após o fracasso evidente de Washington em cumprir um pacote de cinco acordos tratados entre Lavrov e Kerry, em 9 de fevereiro, em Genebra.
O conjunto de cinco acordos prevê a cooperação de Moscou e Washington para eliminar completamente o EI e Al Nusra, a separação dos terroristas da chamada oposição moderada e o compromisso para controlar esses grupos, de modo a respeitar um real cessar-fogo.
Prensa Latina