Internacionalismo
Reunião Ampliada de Relações Internacionais convoca a valorizar o internacionalismo proletário e faz indicações de trabalho ao CC
Com a significativa presença de 47 quadros partidários de onze estados da Federação (Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo) realizou-se neste sábado (5) uma reunião ampliada da Comissão de Política e Relações Internacionais, no auditório da sede do Comitê Central no centro de São Paulo.
A reunião, que começou pouco antes das 10hs e se prolongou até às 17h30m (com intervalo para almoço), foi aberta com a intervenção do Secretário de Política e Relações Internacionais, José Reinaldo Carvalho, que discorreu sobre os principais pontos do tema internacional presentes nas teses do 14º Congresso do PCdoB, que se realizará em novembro. Reinaldo também falou sobre o Movimento Comunista Internacional, enfatizando a importância do Encontro Internacional de Partidos Comunistas e Operários (EIPCO), abordou as principais tarefas internacionalistas da atualidade, fez um balanço da atividade do PCdoB neste campo, destacando que o Partido é uma força respeitada tanto no âmbito do MCI quanto em espaços de maior amplitude como o Foro de São Paulo.
Em seguida fizeram intervenções especiais Antônio Barreto, membro da Comissão de Política e Relações Internacionais e presidente do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz) e Socorro Gomes, também membro da CPRI e do Comitê Central do Partido e presidenta do Conselho Mundial da Paz (CMP). Ambos abordaram a atuação dos comunistas nos movimentos de solidariedade no Brasil e no mundo.
Aberta a palavra ao plenário, mais de 20 camaradas fizeram intervenções abordando variados aspectos da atividade internacionalista do PCdoB, no campo sindical, na juventude, na solidariedade ao povo palestino, ao povo saarauí, à Coreia Popular, contra a islamofobia, em apoio aos refugiados que chegam ao Brasil, etc. Em comum o apelo a valorizar o internacionalismo proletário como uma poderosa ferramenta para elevar o nível de consciência política do povo e combater tendências malsãs de rebaixamento ideológico da atividade partidária.
Diante da gravidade da situação venezuelana foi aprovada uma moção especificamente sobre este tema (leia aqui). Uma moção em defesa da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) foi apresentada pelos camaradas do Paraná e aprovada pela reunião (leia o texto ao final da matéria).
A reunião deliberou ainda fazer as seguintes indicações ao Comitê Central do Partido:
1) Estudar a possibilidade de editar um livro mostrando a rica história da atividade internacionalista dos comunistas, como forma de preservar a memória e valorizar o internacionalismo proletário.
2) Indicar à Escola de Formação Nacional do Partido que inclua no currículo o tema “O Internacionalismo”.
3) Indicar que cada Comitê Estadual designe, entre seus membros, um camarada responsável pelo trabalho de Solidariedade Internacional, seguindo o exemplo exitoso do Comitê Estadual da Bahia.
4) Ter uma abordagem própria do PCdoB sobre o tema dos imigrantes e refugiados no Brasil.
5) Estimular a criação de seções estaduais do Comitê Brasileiro Pela Paz na Venezuela, criado no último dia 31 de julho.
6) Destacar e organizar entre os membros do Partido, camaradas que se dediquem prioritariamente à tarefa da solidariedade internacional.
Moção sobre a Unila
A universidade Federal da Integração Latino-Americana proposta pelo presidente Lula em 2007 e criada em 2010, foi a terceira Universidade criada naquele governo.
Com projeto do arquiteto Oscar Niemeyer, a Unila passa, neste momento, por um sucateamento fruto da política do governo golpista de Temer, e também é alvo de iniciativas criminosas no Congresso Nacional que ameaçam sua existência.
Assim, os participantes da Reunião Ampliada da Comissão de Política e Relações Internacionais defendem e exigem a Unila e a destinação dos recursos necessários para seu funcionamento e manutenção.
REUNIÃO AMPLIADA DA COMISSÃO DE POLÍTICA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS
São Paulo – 05 de agosto de 2017