Geopolítica

Putin: Somente o povo sírio tem o direito de determinar seu futuro

30/01/2018

As forças construtivas sírias devem assumir a tarefa de elaborar uma visão colegiada para sair da crise e realizar mudanças que permitam a seus cidadãos viverem em paz, indicou nesta terça-feira (30) o presidente russo, Vladimir Putin.

Em mensagem à Conferência de Diálogo Nacional Sírio, que se realiza em Sochi, o mandatário russo disse que este foro está chamado a unir novamente o povo sírio, depois de quase sete anos de conflito armado que provocou a morte de centenas de milhares de pessoas e obrigou milhões de pessoas a abandonarem sua pátria.

Agora se dá uma boa oportunidade para frear a guerra fratricida na Síria e pôr fim de uma vez por todas ao terrorismo, assim como para o regresso à vida pacífica, diz o mandatário na mensagem lida pelo chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov.

A Rússia continua dando os passos para garantir uma paz duradoura na Síria e reforçar sua soberania e integridade territorial, afirma o chefe de Estado russo, citado por Lavrov, que foi interrompido por aclamações dos presentes.

Com o apoio de nossa força aérea, o exército da Síria derrotou os grupos armados do movimento extremista Estado Islâmico que tentou converter esse país em uma plataforma para o terrorismo.

Mais de três mil delegados do governo e da oposição participam no encontro.

Graças ao processo de diálogo entre o governo e a oposição desenvolvido em Astaná (Cazaquistão), copatrocinado pela Rússia, Irã e Turquia, foram criadas e funcionam zonas de distensão na Síria, sublinha Putin. Isto deve garantir um cessar-fogo para passar à reconstrução da infraestrutura social e econômica, assim como para recuperar a confiança entre os sírios, para deixar para trás uma página trágica na história da nação árabe, destaca o documento lido por Lavrov.

Ademais, é necessário um diálogo entre os sírios realmente efetivo e uma solução política, com o papel de mediação da ONU e o cumprimento dos compromissos perante a comunidade internacional, incluída a resolução 2254 do Conselho de Segurança da ONU, afirma o presidente russo.

Precisamente por isso, a Rússia organizou a conferência, que recebeu o apoio das Nações Unidas, indica o chefe de Estado em sua saudação.

Junto com a Turquia e o Irã, nossos parceiros no processo negociador de Astaná, a Liga Árabe e países vizinhos, nos esforçamos por conseguir a maior representatividade desta conferência.

Somente o povo sírio tem o direito de determinar seu futuro, afirma Putin.

Fonte: Prensa Latina, com tradução da Redação do Resistência

 

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