Venezuela
Presidente Maduro: 2018 será um ano de vitórias revolucionárias
O ano de 2018 será de vitórias revolucionárias para as forças patrióticas, depois da superação dos planos de insurreição, consumados em 2017, previu neste sábado (16) o presidente da República Bolivariana da Venezuela, Nicolás Maduro.
“Que venha 2018, o estamos esperando! Seja bem-vindo com suas vitórias, esperança e otimismo!”, declarou o chefe do Estado no Panteão Nacional, em Caracas, onde, no dia 17 de dezembro, foi lembrado o 187º aniversário de falecimento de Simón Bolívar, o libertador.
No evento, transmitido por rádio e televisão, o líder nacional mencionou as medidas que serão tomadas no ano que vem, para fortalecer os planos de proteção social, especialmente as grandes missões socialistas.
Nesse sentido, destacou que destinará para projetos sociais, 72 % do orçamento nacional – aprovado pela Assembleia Nacional Constituinte – e estimado em 36,102 bilhões de bolívares.
O presidente Maduro ressaltou o fortalecimento dos Comitês Locais de Fornecimento e Produção (Clap) e do sistema Carnê da Pátria, ferramenta promovida pelo governo bolivariano para fortalecer e expandir o sistema de proteção social do povo venezuelano.
Da mesma forma, o presidente enfatizou que a meta para 2018 é alcançar os dois milhões de moradias da Grande Missão de Habitação da Venezuela (GMVV), que no dia 8 de dezembro entregou a casa nº 1.900.000, representando 63,33% do objetivo de três milhões de casas até 2019, proposto pelo comandante Hugo Chávez, que promoveu este programa social em 2011.
“Alcançaremos também um milhão de jovens incorporados ao Sistema de Orquestras de Crianças e Jovens. Uma cultura musical”, acrescentou.
Durante o ato comemorativo, Maduro destacou as grandes vitórias populares alcançadas em 2017, um ano que “está culminando em vitória: um novo despertar para a consciência de luta, sacrifício, compromisso… Estamos vivendo um novo despertar na consciência do povo”.
O presidente considerou que esse avivamento ficou evidente na primeira metade do ano com o compromisso popular com a paz ante a investida da violência e o fascismo da direita.
No segundo semestre, esse compromisso foi consolidado, assim como o espírito patriótico dos venezuelanos, ante os ataques excessivos de setores estrangeiros contra a pátria. Esta condição foi demonstrada nas três eleições realizadas nesse período: para a Assembleia Nacional Constituinte (30 de julho), a eleição dos governadores (15 de outubro) e as eleições municipais, realizada em 10 de dezembro, na qual a Revolução Bolivariana obteve vitória contundente ao conquistar mais de 300 das 335 prefeituras.
“O ano de 2017 foi uma grande prova, da qual saímos vitoriosos, como o Libertador Simón Bolívar, e em seu nome é essa vitória do renascimento de um povo neste segundo semestre, estamos em pé e muito conscientes, tão conscientes quanto determinados a lutar, tão conscientes quanto otimistas no futuro da Venezuela”.
Legado bolivariano
Na celebração do aniversário de falecimento de Simón Bolívar, o presidente Maduro também mencionou outras tarefas a serem realizadas, como o fortalecimento do ideal bolivariano
“O Libertador, com as ideias maravilhosas que criou, no marco da revolução da independência, deixou um legado para o futuro e devemos dizer, como bolivarianos, que Bolívar representa, ainda hoje, a vanguarda, com seu exemplo, suas ideias e seu projeto ainda por realizar”, disse Maduro, depois de enfatizar a necessidade de honrar a memória, a ação e o legado do Pai da Nação.
“Devemos render culto verdadeiro aos ideais, valores e exemplos dos libertadores, mas muito em especial ao Libertador Simón Bolívar”.
“Considerar-se venezuelano e ser antibolivariano, não é natural. É como estar morto em vida, porque cultuar Bolívar e ser um bolivariano é parte estrita e fundamental da identidade venezuelana”, disse o presidente venezuelano.
Ministro da Defesa do Poder Popular declara que o socialismo é a única via para seguir a luta de Bolívar
Já o ministro do Poder Popular para a Defesa, Vladimir Padrino, que acompanhou o presidente Nicolás Maduro na cerimônia, declarou que “há dois séculos das lutas empreendidas por Simón Bolívar, o socialismo é o único caminho para seguir os passos do Libertador na construção da independência definitiva”. Ainda segundo Padrino, “a situação dramática que a República atravessava naquele momento foi fruto do antibolivarianismo que começou sua perseguição assim que a independência foi alcançada”. Esse antibolivarianismo a que me refiro é o mesmo que hoje tenta nos subordinar a interesses estrangeiros, tenta eliminar as conquistas sociais que alcançamos e, em sua essência, deseja destruir o legado do gigante da América”.
O ministro salientou que o país e toda a América Latina estão divididos entre ser bolivariano ou não, frente aos setores que pretendem dominar os povos da região.
“Ser antibolivariano é entregar o país aos interesses do império, é demandar a intervenção do país com argumentos fátuos para atingir os objetivos específicos”, disse ele.
O também vice-presidente de Soberania, Segurança e Paz reiterou, ante o sarcófago que mantém os restos mortais do Libertador Simón Bolívar, o compromisso de lutar para manter a independência do país:
“Nossa espada permanecerá desembainhada para evitar a rendição da República novamente, não hesitaremos em tomar as armas para defender o nosso povo contra a opressão e resguardar os sagrados decretos da soberania popular”.
Fonte: Agência Venezuelana de Notícias, tradução de Maria Helena de Eugênio para o Resistência