Resistência

O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, recebeu nesta sexta-feora (23) os colaboradores da ilha que trabalharam no programa Mais Médicos do Brasil, depois da decisão de não continuar nessa iniciativa diante da hostilidade do presidente eleito, Jair Bolsonaro.

Os médicos cubanos regressaram com a cabeça erguida e a pátria recebe-os orgulhosa, afirmou o governante no aeroporto internacional José Martí, onde chegou grupo de aproximadamente 200 médicos.

Díaz-Canel sublinhou que os médicos cubanos estiveram no Brasil guiados pelo humanismo, o que não é compreendido pelos que defendem o neoliberalismo.

Bolsonaro, um representante da ultra-direita brasileira, condicionou a continuidade dos profissionais no Mais Médicos à revalidação do título e à contratação individual como única via, postura contrária aos acordos com a Organização Pan-Americana de Saúde.

Diante dessas ameaças do presidente eleito, o Ministério da Saúde Pública anunciou no dia 14 de novembro a decisão de não participar mais na iniciativa criada em 2013 para favorecer as comunidades pobres, motivo pelo qual nesta sexta-feira começou a chegada dos 8.300 mil médicos cubanos que estavam no Brasil.

Reconhecemos em vocês todos os que realizam este trabalho no mundo, disse Díaz-Canel, aludindo aos milhares de médicos cubanos que estão espalhados por dezenas de países.

O presidente cubano escreveu, a propósito da recepção, em sua conta na rede social Twitter: ‘Regressam dignos nossos compatriotas convertidos em #MaisQueMédicos porque chegaram aonde ninguém chegou, para curar e atender doenças e para animar a alma dos necessitados. Demonstraram que um mundo melhor é possível. Sentida homenagem a #FidelCastro #HastaSiempreComandante’.

Resistência, com Prensa Latina