Síria
Al Assad: Aleppo será o cemitério onde serão sepultados os sonhos do assassino Erdogan
O presidente da República Árabe da Síria, Bashar al Assad, pronunciou nesta quarta-feira (7) um discurso perante a nova Assembleia do Povo, organismo que celebrou sua segunda sessão do seu primeiro período legislativo. No discurso, al Assad afirma que “as Forças Armadas vão libertar cada polegada da Síria das mãos do terrorismo e que não há nenhuma outra alternativa que não seja a vitória” e acusou mais uma vez o presidente da Turquia “o fascista Erdogan”, de ser um dos principais apoiadores dos grupos terroristas.
Povo sírio surpreendeu o mundo com sua participação
sem precedentes nas eleições parlamentares
O presidente al Assad assegurou que “o povo sírio surpreendeu o mundo uma vez mais com sua participação sem precedentes nas eleições parlamentares e ao eleger seus representantes”, indicando que esta Assembleia é diferente de suas predecessoras já que os votantes elegeram candidatos que vieram das profundidades do sofrimento e do sacrifício.
“O alto e sem precedentes número de votantes foi uma mensagem clara ao mundo de que quanto maior é a pressão mais as apega o povo a sua soberania”, afirmou.
O presidente sírio acrescentou que quando se trabalha com fé e dedicação ao país e não a nós mesmos, o seu trabalho como poder executivo se torna real e eficaz.
Neste sentido, ele chamou a trabalhar na próxima fase de mudança como fizeram os mártires e os feridos e todos aqueles que se sacrificaram pela Síria.
O plano era que o terrorismo dominasse a Síria para,
em seguida, dar-lhe um caráter de moderação
O mandatário sírio explicou que os conflitos internacionais têm produzido conflitos regionais e repercutiram diretamente na região e na Síria, em particular.
“Nós vivemos conflitos internacionais que geraram conflitos regionais entre os países que procuram preservar sua soberania e independência, e os Estados que estão trabalhando para responder e implementar os interesses dos outros, mesmo à custa dos interesses de seu povo”, disse ele.
Por outro lado, Assad disse que o plano era que o terrorismo dominasse completamente a Síria para, em seguida, dar-lhe um caráter de moderação.
Regime sectário converte filhos da mesma pátria em inimigos e adversários
“Após o fracasso de seu plano terrorista, trabalharam em um plano político para golpear a Constituição e, assim, criar o caos”, disse ele.
Ele acrescentou que “já não é um segredo que a essência do processo político para os países que apoiam o terrorismo, consiste em minar a essência do conceito da pátria, que é a Constituição.”
O presidente disse que “nós levantamos desde o início das conversações de Genebra III, um Documento de Princípios que constitui uma base para as discussões, indicando que os princípios são essenciais em qualquer processo de conversação, porque é uma referência para negociar”.
Ele acrescentou que as conversações reais até agora não começaram e ainda não se respondeu ao documento sobre os princípios.
Em seu discurso, o presidente disse que os inimigos da Síria chegaram a um plano com terminologia sectária, e que “o regime sectário converte filhos da mesma pátria em inimigos e adversários, e é aí que os mesmos poderes coloniais se apresentam como protetoras de grupos dentro da nação”.
Qualquer processo político que não comece e não termine
com a eliminação do terrorismo não tem sentido
O presidente esclareceu a este respeito que a unidade não começa com a geografia, mas com a unidade dos cidadãos.
Da mesma forma, o presidente disse que qualquer processo político que não comece e não termine com a eliminação do terrorismo não tem sentido e não alcançará os resultados desejados.
Ele também observou que, assim como o Exército conseguiu libertar Palmira e muitas outras áreas, as Forças Armadas vão libertar cada polegada da Síria das mãos do terrorismo e que não há nenhuma outra alternativa que não seja a vitória.
O presidente disse que “nossa guerra vai continuar contra o terrorismo econômico e o terrorismo dos carros-bombas, massacres e atentados, porque os inimigos impuseram a guerra e o derramamento de sangue não vai acabar até que erradiquemos o terrorismo de suas raízes onde quer que esteja e com quaisquer que sejam as máscaras esteja usando”.
Povo sírio desafia a morte e o terrorismo ao se aferrar à vontade de viver e se recuperar
O Presidente cumprimentou a população de todas as partes da Síria, já que desafia a morte e o terrorismo ao se aferrar à vontade de viver e se recuperar.
Aleppo será o cemitério onde serão sepultados os sonhos do assassino Erdogan
Sobre o regime turco, al Assad disse que “o regime fascista de Erdogan se centrava em Aleppo, já que é a última esperança para o seu projeto extremista, mas Aleppo será o cemitério onde serão enterrados os sonhos e as esperanças deste assassino”.
Quando eles não conseguiram alcançar o que queriam, responderam com uma declaração pública de apoio ao terrorismo e retirando-se do acordo de cessação das hostilidades, que é o que temos visto acontecer, ao alvejar civis e hospitais em Aleppo.
“O preço que devemos pagar é o de preservar a Constituição e as instituições, e preservar o Estado de direito e a igualdade de oportunidades”, disse ele.
Ele também salientou que “se o estabelecimento da segurança e da vitória sobre o terrorismo é o preço que faz com que o sangue puro dos mártires não seja desperdiçado, a luta contra os fenômenos nocivos da corrupção e do favoritismo é a outra parte desse preço”.
A derrota do terrorismo será sempre alcançada quando países
como o Irã, a Rússia e a China apoiam o povo sírio
Sobre os Amigos da Síria, o presidente al-Assad disse que a derrota do terrorismo será sempre alcançada quando países como o Irã, a Rússia e a China apoiam o povo síria na sua luta por justiça.
“Agradecemos a esses países, por suas posições firmes, já que são países que respeitam os seus princípios e apoiam os direitos dos povos à autodeterminação”, disse ele.
Não há palavras para descrever a coragem e o sacrifício do Exército Sírio
O presidente dirigiu uma saudação aos soldados sírios dizendo que “não há palavras que possam descrever a coragem e o sacrifício do soldado sírio, e se não fosse por esta coragem e firmeza, a Síria teria permanecido uma história distante”.
Ele também pediu mais uma vez para aqueles que carregam armas por qualquer razão para que se juntem à marcha da reconciliação que começou anos atrás e se acelerou nas últimas semanas.
Fonte: Sana
Tradução da Redação do Resistência