Internacionalismo
Presidenta do Conselho Mundial da Paz repudia ingerência e suspensão da Venezuela do Mercosul
Reagindo ao anúncio de suspensão da Venezuela do Mercosul pelos chanceleres do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, em reunião em São Paulo, no sábado (5), a presidenta do Conselho Mundial da Paz (CMP), Socorro Gomes, emitiu uma nota de repúdio à flagrante ingerência nos assuntos internos do país vizinho. Socorro denuncia a ilegitimidade do governo atual brasileiro e a violação do direito do povo venezuelano à autodeterminação. Leia a nota a seguir.
Contra a ingerência na Venezuela!
A posição tomada pelos chanceleres dos quatro países membros fundadores do Mercosul de suspender a Venezuela do bloco merece todo o repúdio. Trata-se de uma clara demonstração de ingerência vinda inclusive de um governo completamente ilegítimo, o governo golpista do Brasil.
Pouco depois de celebrarmos a instalação da Assembleia Nacional Constituinte e soberana da Venezuela resultante de um processo democrático, legítimo e popular, os governos do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, ao invés de condenar a violência causada por parte da oposição, que recorre até mesmo a atos terroristas, resolveram atentar contra o direito do povo venezuelano à autodeterminação.
A ingerência nos assuntos internos das nações, sobretudo quando de maneira tão flagrante é feita com a intenção de derrubar um governo legítimo, popular e progressista que faz frente e resistência valente aos desmandos do imperialismo estadunidense na região, é constantemente denunciada pelas forças da paz e da justiça de todo o mundo, assim como a ofensiva contra a integração latino-americana soberana e solidária, que os governos progressistas e os povos na região lutaram por construir, resistindo às forças conservadoras e subservientes ao império.
O Conselho Mundial da Paz tem se manifestado em repúdio contundente à intentona golpista na Venezuela e às ações da oposição violenta e armada, patrocinada pelos EUA, como a denunciada pelo exército venezuelano neste domingo, 6 de agosto, quando um grupo paramilitar perpetrou um ataque contra as forças bolivarianas em Valencia, no estado de Carabobo.
Exigimos o fim da ingerência estrangeira na Venezuela e saudamos a busca, por parte do governo, por uma saída democrática, pacífica e soberana, rejeitada pelos opositores reacionários que se sentem assegurados pelo apoio estrangeiro e imperialista à oligarquia nacional antidemocrática e antipatriótica.
Reafirmamos nossa solidariedade ao povo venezuelano na defesa da sua democracia, da autodeterminação e da paz, contra a intromissão estrangeira!
Socorro Gomes, presidenta do Conselho Mundial da Paz
Fonte: Cebrapaz