Luta social
Povo francês está acordado e de pé contra lei antissocial
Milhares de pessoas marcharam neste sábado (9) nas ruas de Paris para rechaçar o pacote de lei trabalhista, de caráter antissocial, defendido pelo governo francês e criticado pelos principais sindicatos e organizações estudantis.
Tal como ocorreu durante as mobilizações anteriores para exigir a retirada do mencionado plano, houve detenções e incidentes violentos entre manifestantes e membros das forças policiais.
Quase no final da passeata, na Praça Nation, grupos de mascarados jogaram pedras e outros objetos e as forças policiais empregaram bombas de gás lacrimogênio.
Os enfrentamentos também se produziram em outras cidades do país em uma jornada na qual foram realizadas dezenas de ações de protesto.
Na cidade de Rennes, na região oeste do país, a passeata foi marcada por choques entre manifestantes e forças policiais, que impediram o acesso ao centro histórico, informaram meios locais de imprensa.
As ações deste sábado foram realizadas atendendo o chamado dos principais sindicatos e organizações de estudantes com a finalidade de exigir a retirada definitiva de um plano que o governo insiste em defender, apesar da rejeição da maioria dos franceses.
Para a ministra do Trabalho, Myriam el Khomri, trata-se de uma iniciativa justa e necessária que deve permitir a diminuição do desemprego.
As mobilizações, que começaram no início de março para exigir a retirada definitiva do projeto, continuam ao longo do mês de abril sob um amplo dispositivo de segurança e com enfrentamentos violentos entre os manifestantes e as forças policiais.
Enquanto isso, o movimento “Noite em claro”, nascido em Paris, a partir dos protestos durante toda a noite contra o projeto de lei, se estende a outras cidades.
As concentrações noturnas começaram na Praça da República depois da marcha de 31 de março para rechaçar o mencionado plano.
Com a realização de assembleias populares e concertos, o movimento se estende a outras cidades do país como Nantes (oeste), Rennes (oeste), Lyon (leste) e Toulouse (sul), onde centenas de pessoas se reúnem em praças públicas.
A iniciativa amplia suas reivindicações pois os que se opõem ao projeto de lei opinam que é apenas “um ramo de uma árvore que deve ser cortada”.
Os manifestantes realizam programas nos quais debatem tópicos como democracia participativa, “destruição global do sistema capitalista”, dificuldades no setor da habitação, crise migratória, entre outros.
Prensa Latina