Argentina
Povo argentino sai às ruas em defesa de Cristina Kirchner; PCdoB se solidariza com ex-presidenta
“Acusação absurda, perseguição política e cumplicidade judicial”, declarou ao juiz Claudio Bonadio a ex-presidenta Cristina Kirchner, ao prestar depoimento nesta quarta-feira (13) em processo onde é acusada, assim como seu ex-ministro da Economia, de “defraudar a administração pública”. O povo argentino saiu às ruas para defendê-la.
Entenda a acusação contra Cristina
Ao implementar a política econômica de seu governo, Cristina Kirchner autorizou a compra de dólares no mercado futuro, como forma de proteger a moeda local da desvalorização. Ao assumir o governo, Mauricio Macri descumpriu o que prometeu na campanha eleitoral e desvalorizou o peso argentino, provocando grande prejuízo aos cofres públicos. Este prejuízo, no entanto, causado por uma atitude de seu sucessor, está sendo colocado pela justiça partidarizada (conhecemos bem isso no Brasil) na conta da ex-presidente, com claros objetivos políticos. Tão flagrante absurdo serve também como tática diversionista para abafar o envolvimento do atual presidente Mauricio Macri com empresas sediadas em paraísos fiscais, criadas para sonegar impostos e/ou lavar dinheiro sujo.
Povo nas ruas
Mobilizações massivas acompanharam a ex-presidenta argentina desde a noite de terça-feira (12). Antes de sua chegada já milhares de pessoas aguardavam Cristina Kirchner com bandeiras e cantando slogans em seu apoio. O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) também enviou uma mensagem de solidariedade a Cristina Kirchner e ao povo argentino. Leia abaixo.
A Solidariedade do PCdoB a Cristina Kirchner
Companheiros e companheiras,
O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) expressa sua solidariedade ante a investida de setores do aparato judiciário argentino que, apoiados e incentivados pela mídia empresarial a serviço da direita, tentam constranger e intimidar a ex-presidenta Cristina Kirchner, com o objetivo de calar a voz dos que se opõem ao governo neoliberal de Mauricio Macri.
A tentativa de criminalizar lideranças populares para aplastar as forças democráticas e socialistas é uma estratégia comum da reação em vários países, inclusive o Brasil.
Recebam nosso apoio solidário e militante, confiantes de que a unidade dos povos da América Latina vencerá os desafios em prol de fazer avançar a luta popular e democrática.
José Reinaldo Carvalho
Secretário de Política e Relações Internacionais
Pelo Comitê Central do Partido Comunista do Brasil