Nota
PCdoB: Todo apoio ao povo venezuelano sob ataque do imperialismo e da direita
Mais uma vez o imperialismo e seus títeres locais voltam suas baterias contra a República Bolivariana da Venezuela.
Em 2016 conformou-se uma aliança entre governos oriundos de golpes de Estado (Brasil e Paraguai) e um governo neoliberal (Argentina), visando isolar a Revolução Bolivariana. Esta arremetida ilegal e que viola as leis internacionais é associada ao terrorismo político da direita e extrema-direita venezuelana, impulsionando-o, o que encontra respaldo, acolhida e incentivo em uma organização que Fidel Castro acertadamente chamava de “Ministério das Colônias”, a Organização dos Estados Americanos (OEA).
A OEA, imiscuindo-se em assuntos internos da Venezuela, ameaça agora utilizar a “Cláusula Democrática” contra o país. Surpreende que existam vozes a acreditar ingenuamente na “defesa da democracia” feita pela OEA a serviço da burguesia reacionária venezuelana e de seus porta-vozes midiáticos. A “Cláusula Democrática”, como bem lembra o governo bolivariano, jamais foi usada contra os EUA, que sabidamente articularam e financiaram golpes militares em vários países da América Latina e do Caribe.
Os ataques à Revolução Bolivariana começaram no seu nascimento. Desde 1998, quando Hugo Cháves Frias vence as eleições presidenciais, a direita venezuelana tenta de todas as formas, e através de variados meios, derrotar o projeto da Revolução Bolivariana, contado para isso com apoio unânime da mídia empresarial nativa e internacional e do imperialismo estadunidense.
Já em 2002 organiza-se uma tentativa de golpe, que é derrotada pela rebelião popular. Vencendo sucessivas eleições, a Revolução Bolivariana avança. A Constituição é reformada e a democracia é aprofundada. É instituído, por exemplo, o referendo revogatório, onde toda a população pode ser ouvida sobre a continuidade ou não de um mandato executivo, instrumento que em 2004 é usado pela direita para tentar destituir o próprio Cháves, o que mais uma vez não consegue pelo apoio da maioria da população ao presidente.
Na Venezuela da Revolução Bolivariana o investimento social cresceu 11 vezes. Como consequência, a taxa de pobreza extrema no país, que era de 10,8% em 1998, diminuiu para 4,7% em 2016 e a meta do governo de Nicolás Maduro é atingir zero até 2019. Durante 91 anos, de 1908 até 1999 (ano em que Chávez assume a presidência), os governos venezuelanos haviam construído 1.466.275 casas (média de 16 mil por ano). Em 17 anos de governo bolivariano foram entregues 1.065.939 moradias populares (média de 63 mil casas por ano) e pretende-se chegar a 3 milhões até 2018. O número de pobres com acesso à educação universitária passou de 2,6% para 11%. Na educação primária, de 33% para 74%, e na secundária, de 12% para 43%. A fome foi drasticamente reduzida, atinge hoje menos de 5% da população. A expectativa de vida aumentou e 98% das pessoas entre 15 e 24 anos estão alfabetizadas.
Em março de 2017 a ONU divulgou o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que revela a Venezuela com um índice melhor do que o do Brasil (0,767 contra 0,754) e também melhor do que a média da América Latina e do Caribe (0,741).
Todos estes dados são corroborados por organismos internacionais ligados à ONU como a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), entre outras.
Destaque-se que estes feitos são alcançados em meio à crise mundial do capitalismo, à queda do preço do petróleo (que atinge fortemente a nação venezuelana) e à sabotagem econômica da oligarquia local.
Mesmo assim, a implacável campanha de desinformação tenta falsificar a realidade venezuelana, ocultando as conquistas sociais e democráticas da intimorata nação.
A todos estes ataques resiste de forma altiva a Revolução Bolivariana. O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) expressa sua indeclinável solidariedade ao presidente Nicolás Maduro, ao Governo e ao povo da Venezuela, conclamando todas as forças democráticas e progressistas a intensificarem suas ações de solidariedade em defesa da autodeterminação e do respeito à soberania venezuelana.
José Reinaldo Carvalho
Secretário de Política e Relações Internacionais
Comitê Central do PCdoB