Resistência

A Secretaria de Política e Relações Internacionais do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) realizou durante esta semana, entre a terça e quinta-feira (18 a 20) contatos políticos amistosos com parceiros internacionais. São os primeiros passos da nova gestão internacionalista dos comunistas brasileiros, sob a liderança do secretário de Política e Relações Internacionais, José Reinaldo Carvalho. Ana Maria Prestes, que é membro do Comitê Central e da Comissão Internacional, participou nas reuniões.

“Dedicamos os primeiros dias da atividade da Secretaria de Política e Relações Internacionais do PCdoB a visitar amigos e camaradas internacionalistas: os Partidos Comunistas do Vietnã, de Cuba, da China e da República Popular Democrática da Coreia, e as embaixadas desses países em Brasília. Igualmente, visitamos o representante do PSUV venezuelano e a embaixadora da Venezuela, assim como a Secretaria de Relações Internacionais do PT brasileiro.”

Com o embaixador do Vietnã, Nguyen Van Kien, o dirigente do PCdoB manteve uma conversação em que passaram em revista temas da conjuntura internacional e os assuntos da relação bilateral entre o PCdoB e o PC do Vietnã. O diplomata vietnamita convidou oficialmente o PCdoB para participar da solenidade comemorativa do 70º aniversário da Independência Nacional em 2 de setembro, um evento na sede da Embaixada em Brasília que mobilizará numerosos amigos do Vietnã na sociedade brasileira.

Com o diplomata cubano e analista político do Departamento Internacional do Partido Comunista, Rafael Hidalgo, José Reinaldo conversou sobre a nova realidade cubana, a partir da implementação das diretrizes para o aperfeiçoamento do modelo econômico socialista e das recentes vitórias do governo cubano no plano internacional – o estabelecimento das relações diplomáticas com os Estados Unidos e a libertação dos cinco heróis cubanos que se encontravam presos em cárceres do império. Mereceu ênfase a constatação de que avançam as relações políticas, comerciais e culturais entre o Brasil e Cuba.

Ambos os dirigentes se referiram também ao estágio superior das relações entre os dois partidos, de que é exemplo a visita de uma delegação de alto nível do PCdoB a Cuba em julho último, quando dirigentes comunistas brasileiros foram recebidos pelo comandante José Ramon Balaguer Cabrera, chefe do departamento Internacional do Partido Comunista de Cuba.

A delegação da Secretaria Internacional do PCdoB visitou também a Embaixada da República Popular Democrática da Coreia, onde foi recebida pelo novo embaixador extraordinário e plenipotenciário, Kim Chol Hak. Na ocasião, o representante coreano reafirmou a posição combativa de seu país e o respeito aos direitos humanos, contra as versões difundidas por certas chancelarias e a mídia internacional. Reinaldo reiterou que o PCdoB, por definição das resoluções dos congressos partidários, é solidário com o povo coreano e sua liderança nos esforços pela edificação do socialismo e pela reunificação do país. O dirigente comunista brasileiro condenou as ações dos imperialistas e seus títeres na Península Coreana, com a realização de manobras militares na região.

O novo secretário de Política e Relações Internacionais do PCdoB desenvolveu uma amistosa conversação com a embaixadora da República Bolivariana da Venezuela Maria Lourdes Urbaneja e Oscar Upegui, ministro conselheiro da Embaixada. As duas partes concordaram em que é necessário reforçar a solidariedade e as ações comuns para fortalecer as relações entre os dois países, no alvo das forças de direita, que tudo fazem para envenenar e transtornar a amizade brasileiro-venezuelana.

O périplo diplomático do dirigente comunista brasileiro em Brasília foi encerrado na quinta-feira (20) na Embaixada da República Popular da China, onde foi recebido como “velho amigo da China”, segundo o ministro Wang Wei. O diplomata chinês referia-se às sucessivas visitas que José Reinaldo fez ao grande país asiático no início da década de 2000, como vice-presidente do Partido, quando “desempenhou papel importante para desenvolver e fortalecer as relações de amizade entre o Partido Comunista Chinês e o Partido Comunsta do Brasil.” Reinaldo e Wang concordaram em que essas relações ajudam à consolidação dos laços entre os dois países, com repercussão na cooperação internacional e na luta pelo desenvolvimento e a paz.