Opinião

Xi Jinping, arquiteto da construção do futuro compartilhado para toda a humanidade

19/10/2023

O Presidente chinês desvendou amplas perspectivas de cooperação internacional e modernização com a Iniciativa Cinturão e Rota e apresentou oito novas medidas

Por José Reinaldo Carvalho (*)

Todos os olhares do mundo estão voltados para a China durante estes dias em que se realizou em Beijing o terceiro Fórum do Cinturão e Rota para Cooperação Internacional. Todos os olhares e toda a atenção se voltaram para o líder máximo da China, o Presidente Xi Jinping, arquiteto da Iniciativa Cinturão e Rota (BRI), lançada há dez anos. Por meio dela, o Presidente Xi apresentou ao mundo uma visão inovadora de cooperação internacional, de promoção do desenvolvimento global, fornecendo ao mundo uma plataforma para os países em desenvolvimento darem um salto no progresso econômico e social. A concepção de construir uma Comunidade de Futuro Compartilhado, também formulada pelo Presidente Xi, inspirou a criação da plataforma.

Em apenas 10 anos, a visão do Presidente Xi de construir um futuro compartilhado por toda a humanidade tornou-se um paradigma para o desenvolvimento global. A Iniciativa Cinturão e Rota foi acolhida pela esmagadora maioria dos países, que viram nela a oportunidade de alcançar novos patamares de desenvolvimento. Esta visão foi novamente apresentada, enriquecida com a experiência de uma década, pelo Presidente chinês em seu discurso perante o 3º Fórum do Cinturão e Rota para Cooperação Internacional, realizado na capital chinesa nos dias 17 e 18 de outubro.

Os ouvidos do mundo escutaram atentos a reafirmação que o Presidente Xi fez sobre o compromisso original da Iniciativa Cinturão e Rota proposta por ele há uma década: “Este ano se cumpre o décimo aniversário da Iniciativa do Cinturão e Rota que propus. Esta Iniciativa, inspirando-se na antiga Rota da Seda e centrando-se na melhora da conectividade, tem como aspiração original fomentar a conectividade na política, infraestructura, comércio, financiamento e de povo a povo com todos os países, de forma que se pode injetar novos impulsos à economia mundial, criar novas oportunidades para o desenvolvimento global e estabelecer uma nova plataforma para a cooperação econômica internacional. Ao longo destes dez anos, somos fiéis a esta aspiração original. Graças a nossos esforços conjuntos, a cooperação internacional do Cinturão e Rota começou, se desenvolveu com pujança e já colheu resultados frutíferos.”

De grande significado foi o balanço apresentado: “A cooperação do Cinturão e Rota estendeu-se do continente euro-asiático à África, à América Latina e ao Caribe. Mais de 150 países e mais de 30 organizações internacionais assinaram documentos para a construção conjunta do Cinturão e Rota. Realizamos dois Fóruns do Cinturão e Rota para a Cooperação Internacional e criamos mais de 20 plataformas de cooperação multilateral especializadas no âmbito desta Iniciativa”, assinalou o Presidente chinês.

As perspectiva de colaboração ficaram bastante claras quando Xi Jinping afirmou que a plataforma alcança sucesso “transcendendo diferenças em civilizações, culturas, sistemas sociais e fases de desenvolvimento” O mesmo se observa quanto à perspectiva coletiva, quando ele se refere à “construção conjunta do Cinturão e Rota, aderindo aos princípios de planejar juntos, construir juntos e beneficiar juntos”. De acordo com o idealizador e arquiteto da Iniciativa Cinturão e Rota, esta “abriu uma nova via para intercâmbios entre países e estabeleceu um novo quadro para a cooperação internacional”, representando “uma busca conjunta da humanidade pelo desenvolvimento para todos.”

Aos 10 anos de existência, a plataforma Um Cinturão, Uma Rota amadureceu e agora tomará novo impulso na nova etapa que se abre com os oito pontos inovadores anunciados pelo Presidente Xi no 3º Fórum.

“Primeiro, construir uma rede multidimensional de conectividade do Cinturão e Rota. A China acelerará o desenvolvimento de alta qualidade”.

“Em segundo lugar, apoiar uma economia mundial aberta. A China estabelecerá zonas piloto para a cooperação no comércio electrónico da Rota da Seda e assinará mais acordos de comércio livre e acordos de protecção de investimentos com mais países”.

Terceiro, realizar a cooperação prática. A China promoverá tanto obras emblemáticas como projetos de bem-estar “pequenos mas ágeis”.

Os quarto e quinto pontos dão relevo ao desenvolvimento verde e à inovação científico-tecnológica.

O sexto ponto assegura o apoio da China ao intercâmbio entre pessoas e ao aprofundamento do diálogo entre civilizações. A sétima proposta se refere à promoção da cooperação do Cinturão e Rota baseada na integridade. Nesse sentido, o dirigente chinês assegurou que “juntamente com os seus parceiros de cooperação, a China publicará as Conquistas e Perspectivas da Construção Integridade do Cinturão e Rota e os Princípios de Alto Nível sobre a Construção Integridade do Cinturão e Rota.”

O oitavo ponto chama a atenção para um problema relevante do mundo contemporâneo: “fortalecer a construção institucional para a cooperação internacional do Cinturão e Rota”. Segundo o Presidente Xi, “a China trabalhará com os países parceiros do Cinturão e Rota para fortalecer a construção de plataformas de cooperação multilateral em energia, impostos, finanças, desenvolvimento verde, mitigação de desastres, anticorrupção, grupos de reflexão, mídia e cultura, entre outros.”

Como se vê, o Terceiro Fórum de Cooperação Internacional do Cinturão e Rota foi uma boa oportunidade para reunir representantes de mais de 140 países e 30 organizações internacionais, proporcionando um espaço valioso para o diálogo e a cooperação. As expectativas que este Fórum gerou são as mais otimistas. As discussões realizadas representaram uma troca construtiva de ideias sobre como a Iniciativa Cinturão e Rota pode ser aperfeiçoada e alinhada com os objetivos globais para a modernização e o desenvolvimento sustentável. O fórum poderá resultar em colaborações mais fortes, aumentando a eficácia da iniciativa na promoção da conectividade, do comércio justo e do desenvolvimento inclusivo em todo o mundo.

A colaboração entre a China e outros países na construção de infraestruturas e no fomento ao comércio, a cooperação energética e em outros setores no âmbito da plataforma da Iniciativa Cinturão e Rota representa uma oportunidade significativa para o desenvolvimento e interconexão globais, com a peculiaridade de que essa parceria resulta em modernização, inovação, desenvolvimento sustentável, construção de um futuro de prosperidade comum.

Generaliza-se no mundo a percepção de que a colaboração entre a China e outras nações parceiras em diversos setores no âmbito desta iniciativa tem o potencial de impulsionar o desenvolvimento econômico, a cooperação internacional e a compreensão para um futuro mais interligado e harmonioso.

A Iniciativa Cinturão e Rota desempenha um papel crucial na promoção da prosperidade comum, promovendo a cooperação econômica e o desenvolvimento sustentável entre os países. Ao incentivar os investimentos em infraestruturas e no comércio, a iniciativa cria oportunidades para o crescimento econômico compartilhado, reduzindo as desigualdades e melhorando os padrões de vida das populações em várias regiões. Além disso, ao facilitar o intercâmbio de ideias, culturas e tecnologias entre as nações participantes, a iniciativa promove uma maior compreensão e colaboração entre os povos, sendo assim também um fator para a paz.

A importância da iniciativa Um Cinturão, Uma Rota vai além da esfera econômica, pois também procura promover a paz e a estabilidade globais. Ao promover uma rede de cooperação e confiança entre as nações envolvidas, a iniciativa contribui para a construção de relações internacionais mais pacíficas. Ao unir esforços para enfrentar desafios comuns, como as alterações climáticas e a pobreza, Um Cinturão, Uma Rota sublinha a importância da colaboração global na abordagem de questões que afetam a humanidade como um todo. Portanto, a iniciativa desempenha um papel fundamental na busca de um futuro mais próspero e pacífico para todos.

(*) Jornalista, editor do Resistência, editor internacional do Brasil 247 e secretário-geral do Cebrapaz – Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz

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