Vitória do povo boliviano e do movimento anti-imperialista na AL
O presidente Evo Morales foi reeleito para governar a Bolívia no período de 2015 a 2020, depois de derrotar com facilidade seus quatro opositores nas eleições gerais deste domingo (12).
O resultado tem imenso significado não só para a luta do povo boliviano por uma vida melhor, por um novo sistema econômico e político, pelo bem-viver, como assinala o programa do Movimento ao Socialismo, o MAS, partido e movimento político-social liderado pelo presidente Evo.
Também para a América Latina, a vitória de Evo é repleta de significado. É um claro sinal favorável ao prosseguimento da luta pela libertação nacional e social na região. É a eleição de um revolucionário, um anti-imperialista, um socialista convicto. “Em meu nome pessoal e de todos os que lutamos pela libertação da Bolívia, agradecemos por este grande apoio (…) Dedico o triunfo a todos os povos da América Latina e do mundo que lutam contra o capitalismo e o imperialismo”, assinalou o flamante presidente, que em seu discurso homenageou especialmente os líderes revolucionários latino-americanos Fidel Castro e Hugo Chávez.
O triunfo de Evo Morales na eleição presidencial é ratificado pelo do Movimento ao Socialismo (MAS) nas eleições parlamentares. O MAS domina agora a Assembleia Legislativa Plurinacional (Congresso), com 25 das 36 cadeiras do Senado e 80 das 130 da Câmara dos Deputados.
A terceira eleição de Evo Morales demonstra a vontade e a decisão do povo boliviano depois de uma sucessão de governos neoliberais, conservadores, opressores, entreguistas e corruptos que dominaram o país andino. Demonstra também a força da liderança de Evo Morales, um indígena, sindicalista e dirigente político surgido das bases, com profundas ligações e raízes junto ao povo boliviano e imensa sensibilidade e compreensão para seus problemas e anseios fundamentais.
Em dois mandatos à frente da nova República boliviana, Evo tem sabido aplicar uma política coerente e humanista que transformou um Estado excludente e elitista em um país plurinacional, livre do domínio imperialista e neocolonialista, sério e respeitado na América Latina e em todo o mundo.
A vitória de Evo dá mais força à luta de todos os povos latino-americanos e caribenhos por sua integração solidária e soberana, no quadro da Unasul, da Celac e da Alba, reforça as tendências democráticas, patrióticas e anti-imperialistas na região.
A confirmação da Bolívia neste campo de forças políticas fortalece a luta pela autodeterminação dos povos e contribui para consolidar a América Latina como um polo importante da luta dos povos e nações do mundo contra o hegemonismo das grandes potências, por uma nova ordem econômica e política internacional e pela paz mundial.
A terceira vitória do povo boliviano, sob a liderança de Evo Morales, em eleições presidenciais ratifica também um método de governar mobilizando o povo, respeitando e levando em consideração os movimentos sociais, num novo caminho de democracia popular.