Venezuela

Venezuela rechaça posição intervencionista dos Estados Unidos sobre referendo revogatório

24/09/2016
Tibisay Lucena, diretora do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela

O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE), que tem status constitucional de Poder Eleitoral, rechaçou nesta sexta-feira (23), as declarações do porta-voz do Departamento norte-americano de Estado, John Kirby, acerca do calendário divulgado recentemente sobre o referendo revogatório.

Kirby questionou a decisão do CNE de marcar a segunda etapa do processo contra o presidente Nicolás Maduro para os dias 26 a 28 de outubro.

A esse respeito, o Poder Eleitoral emitiu um comunicado oficial, no qual repudia tais comentários e assinala o caráter intervencionista da administração de Barack Obama.

“O organismo não aceita o desrespeito que constitui o conteúdo da nota de imprensa assinada por Kirby em nome do governo estadunidense e exige a seus representantes que se abstenham de expressar opiniões sobre os processos de participação democrática na Venezuela”, aponta o documento.

A autoridade eleitoral assinalou que estas declarações têm como objetivo desprestigiar a democracia consolidada no país sul-americano nos últimos 17 anos de governo revolucionário.

Por outro lado, o CNE advertiu que os Estados Unidos pretendem impor uma obrigação política sobre a base da ameaça e da coerção.

O organismo assinalou que o referendo revogatório é um direito político estabelecido na Constituição do país sul-americano, o que não ocorre nos Estados Unidos.

Em 21 de setembro, o CNE determinou que entre os dias 26 e 28 de outubro se efetue a segunda etapa do referendo revogatório que a oposição venezuelana impulsiona contra o presidente Nicolás Maduro e caso 20 por cento do eleitorado de cada estado decida realizar o referendo em nível nacional, estimou que este se realizaria no primeiro trimestre de 2017.

Prensa Latina

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