Relações EUA-América Latina
Venezuela rechaça renovação de decreto de Obama contra sua soberania
A chanceler da República Bolivariana da Venezuela , Delcy Rodríguez, anunciou na noite desta sexta-feira (13) que o Governo rechaça de maneira categórica a renovação do decreto do presidente dos Estados Unidos que está encerrando o mandato, que classifica o país latino-americano como uma ameaça para a nação norte-americana.
Através de sua conta no Twitter, @DrodriguezVen, a ministra do Poder Popular para as Relações Exteriores afirmou que esta agressão cometida novamente pelo presidente estadunidense “é parte de seu legado de ódio e violações graves à legalidade internacional”.
A chanceler disse que a Venezuela exige novamente “atender o clamor dos países do mundo que solicitaram expressamente revogar o decreto bárbaro do Executivo”.
Escreveu que considerar a pátria de Bolívar e Chávez “uma ameaça aos Estados Unidos só tem respaldo na arrogância e irracionalidade imperial que caracterizou” Obama durante seu mandato em Washington.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, emitiu nesta sexta-feira (13) um decreto de continuidade de um ano da “emergência nacional” declarada em 2015 sobre a Venezuela, onde segundo ele afirmou “a situação não melhorou” e “o Governo continua corroendo as garantias dos direitos humanos”, noticiou a EFE.
No decreto que se estende por mais um ano, Obama determinou que a situação da Venezuela constitui “uma ameaça incomum e extraordinária para a segurança nacional e a política externa dos Estados Unidos”, pelo que declarou “uma emergência nacional para lidar com esta ameaça”, publicou a referida agência de notícias.
A declaração de uma “emergência nacional” é uma ferramenta com a qual o presidente dos Estados Unidos conta para aplicar sanções contra um país sob determinadas circunstâncias e que lhe permite ir mais além do que foi aprovado pelo Congresso.
Resistência, com Correo del Orinoco, tradução de Luci Nascimento