América Latina
Venezuela protesta contra ingerência do secretário geral da OEA
Meios venezuelanos de comunicação divulgam nesta terça-feira (3) as declarações da chanceler Delcy Rodríguez, que reafirmou a política de paz que caracteriza seu governo diante das críticas provenientes da Organização dos Estados Americanos (OEA).
Especificamente, a chefe da diplomacia venezuelana se referiu à postura de ingerência do secretário geral da organização, Luís Almagro, ao receber um documento em repúdio às declarações deste último por parte de membros da Frente Patriótica Hugo Chávez.
Segundo o jornal Correo del Orinoco, a ministra das Relações Exteriores assinalou que esta carta representa “o clamor do povo da Venezuela para que sua independência seja respeitada”.
Indicou que com as ações de Almagro estão sendo violentados os estatutos da Carta Democrática da OEA, na qual se estabelece a igualdade e a independência dos povos.
Os princípios da Carta Democrática estabelecem a igualdade soberana dos Estados, a independência, a autodeterminação dos povos; cada povo tem direito de ter o sistema político, social, econômico e cultural que melhor lhe pareça, enfatizou.
Por cima das diferenças políticas, ideológicas e pessoais sempre se imporá a Pátria, ressaltou.
Por sua parte, a deputada da aliança das esquerdas Grande Polo Patriótico, Ileana Medina, encarregada de entregar o documento, disse que na carta busca-se denunciar as ações de Almagro, assim como acusar o governo dos Estados Unidos de violar os estatutos da Carta Democrática do organismo internacional, aprovada em setembro de 2001.
Em 5 de abril último, a ministra informou que a Venezuela solicitará uma averiguação sobre o secretário geral Luís Almagro, “por desvio de funções” e atuar contra a pátria de Bolívar.
Almagro, desde que assumiu a administração da OEA, realizou constantes pronunciamentos contra a Venezuela, que seguem a linha de Washington e da direita nacional e internacional.
Com Prensa Latina; tradução da redação de Resistência