Resistência

A subdiretora executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Shahida Azfar, valorizou as medidas da China para alcançar progressos na melhoria da saúde materno-infantil, destaca hoje a imprensa local.

A alta funcionária afirmou à agência estatal de notícias Xinhua que as experiências e práticas do gigante asiático na redução da taxa de mortalidade materna, de recém-nascidos e de crianças menores de cinco anos são ‘valiosas para compartilhar com a África através da cooperação Sul-Sul’.

Azfar participou em um foro a respeito da Cooperação China-África sobre saúde materna e dos recém-nascidos, que se realizou em Pequim.

Nesse contexto, explicou que as experiências da China são uma grande oportunidade para salvar mães e crianças na África subsaariana, onde ocorrem 38 por cento dos falecimentos neonatais globais.

De acordo com Azfar, nesse continente a taxa de mortalidade materna passou de 42 por cento em 1990 a 66 por cento em 2015, apesar da tendência decrescente que vive o restante do mundo.

Os desafios para os países africanos são a escassa disponibilidade e acesso aos serviços, fatores chaves para reduzir as mortes de recém-nascidos, afirmou.

Nesse sentido, os esforços da China podem ajudar a dar importância a estas questões, afirmou a funcionária.

Dados oficiais apontam que a mortalidade materna no gigante asiático baixou de 89 por cada 100 mil partos em 1990, para 19,6 em 2017. Por outro lado, a de bebês e crianças menores de cinco anos foi de 6,8 e 9,1 por cada mil nascidos vivos no ano passado, muito abaixo de 50,2 e 61 de 1991.

A agência Xinhua assegura que a colaboração sobre saúde pública figura entre os 10 planos de intercâmbio da Cúpula do Foro sobre Cooperação China-África (Focac, por suas siglas em inglês), realizado em Johannesburgo em 2015.

Nesse mesmo ano, Pequim anunciou o estabelecimento de um fundo inicial de dois bilhões de dólares para apoiar a cooperação Sul-Sul e os países em vias de desenvolvimento.

Azfar agradeceu à China por sua liderança na ajuda de saúde para África e assegurou que a Unicef se sente inspirada pela Iniciativa da Faixa e da Rota para promover a colaboração bilateral.

Pequim organiza em setembro deste ano a próxima Cúpula do Focac, cuja agenda contempla interesses de cooperação em áreas chave de desenvolvimento.

Recentemente, a Comissária para Assuntos Sociais da União Africana (UA), Amira Elfadil, expressou sua convicção de que a reunião terá completo êxito.

Tentaremos reimpulsionar as bases da cooperação Sul-Sul, bem como a busca do fortalecimento da Iniciativa da Faixa e da Rota no continente, sublinhou.

O presidente chinês, Xi Jinping, realizou há algumas semanas uma viagem pela África durante a qual impulsionou a cooperação em diferentes setores com o objetivo de criar um futuro mais brilhante para as relações bilaterais.

Resistência, com Prensa Latina