Geopolítica

Trump aprova tarifas de US$ 50 bilhões sobre produtos chineses e China diz que cancelará acordos comerciais com os EUA

15/06/2018

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aprovou na quinta-feira (14) a imposição de tarifas no valor de US$ 50 bilhões aos produtos chineses, uma medida que ameaçava há meses, informou a imprensa americana. Por outro lado, nesta sexta-feira (15) o governo da China advertiu que se for confirmada a imposição de tarifas à importação de produtos chineses ficarão cancelados os acordos comerciais alcançados com os EUA após dois meses de negociações.

Segundo a agência Efe, Trump teria tomado a decisão em reunião na Casa Branca com seu secretário de Comércio, Wilbur Ross; seu secretário do Tesouro, Steven Mnuchin; e responsável do Comércio Exterior, Robert Lighthizer.

De acordo com os veículos de imprensa que vazaram a notícia citando fontes conhecedoras da decisão, a Casa Branca pode anunciar nesta sexta as tarifas, que entrariam em vigor “em breve”.

Trump avançou em março seus planos de impor as tarifas de US$ 50 bilhões aos chineses pelo déficit comercial de Washington em relação a Pequim, e iniciou desta forma um período de confronto comercial entre as duas maiores economias do mundo.

O governo de Trump identificou cerca de 1,3 mil produtos chineses que planejava taxar em uma lista que incluía dispositivos de última geração das indústrias aeroespacial e robótica.

Estas tarifas seriam adicionadas àquelas já impostas por Trump em nível mundial as importações de aço (25%) e alumínio (10%).

A China, por sua vez, disse que responderia aos encargos de Washington com tarifas de 25% sobre um total de 106 produtos importados dos Estados Unidos, incluindo a soja, automóveis e aviões, no valor de US$ 50 bilhões.

Nos últimos meses os dois países fizeram várias reuniões tentando evitar uma guerra comercial e vários acordos foram fechados.

Nesta sexta-feira o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Geng Shuang, em entrevista coletiva declarou que “a China já publicou um comunicado após a recente visita do secretário de Comércio, Wilbur Ross, onde deixou claro que se os EUA lançarem medidas comerciais como a imposição de tarifas, os acordos não entrarão em vigor”.

“A nossa posição continua sendo a mesma, se os EUA tomarem medidas unilaterais e protecionistas que prejudiquem os interesses chineses, responderemos imediatamente tomando decisões que sejam necessárias para salvaguardar nossos legítimos direitos e interesses”, acrescentou o porta-voz.

Com agência Efe

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