Síria

Sírios realizam em Sochi conferência para impulsionar diálogo nacional

30/01/2018

A Conferência de Diálogo Nacional Sírio busca nesta terça-feira (30) avançar nas perspectivas para criar condições para um processo constituinte como parte indispensável para uma saída política ao conflito no país árabe.

O representante especial da Rússia para a Síria, Alexander Labrentev, considera que o evento que se realiza na cidade de Sochi, Rússia, deve oferecer, antes de tudo, a oportunidade para que todas as partes se expressem.

Os resultados positivos da conferência sobre a Síria devem ser utilizados para impulsionar as negociações em Genebra, disse o diplomata russo.

A reunião conta com ao menos 680 delegados de várias organizações civis sírias e o governo, por um lado e, por outro lado, de outros 400 representantes de diferentes grupos da oposição e se realiza sob o lema ‘Paz para el pueblo sírio’.

Países como Egito, Jordânia, Iraque, Líbano, Arábia Saudita e Cazaquistão também participam com suas delegações, na condição de observadores.

Alguns dos participantes da conferência, que transcorre no Centro de Convenções do Parque Olímpico de Sochi, consideram que o encontro deve determinar a criação de uma comissão constitucional e outra de contagem de votos para o caso de se realizar um processo eleitoral.

O governo dos Estados Unidos foi convidado ao evento, mas não compareceu.

Vários delegados assinalaram como os objetivos cruciais da conferência a unidade do povo sírio, a eliminação do terrorismo para pôr fim ao conflito e a participação de todos os sírios e da comunidade internacional para a recuperação da infraestrutura do país.

Um elemento necessário neste processo é a suspensão das sanções impostas à Síria, na opinião de muitos especialistas em Oriente Médio.

Na véspera, o enviado especial da ONU para a Síria, Steffano de Mistura, realizou conversações com participantes no evento.

A Rússia assinala que estão presentes na reunião representantes da comunidade curda, mesmo com a oposição da Turquia, depois do início da Operação Ramo de Oliveira em Afrin, no norte da Síria, contra destacamentos integrados por combatentes curdos.

Resistência, com Prensa Latina

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