Síria
Síria exige o fim das violações do regime turco contra seu território
O Ministério de Relações Exteriores e Expatriados da Síria enviou cartas idênticas ao Secretário-Geral e ao Presidente do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas sobre as graves e reiteradas violações e ataques turcos à soberania da República Árabe da Síria e sua integridade territorial.
O Ministério das Relações Exteriores declarou em suas cartas que, em 17 de dezembro de 2016, as forças turcas invadiram o território sírio, próximo à aldeia de Toki, na cidade de Amouda, província de Hasakah, acompanhadas por grupos terroristas pertencentes ao “Exército Sírio Livre”.
Além disso, em 11 de janeiro de 2017, as autoridades turcas introduziram máquinas pesadas em território sírio, ao nordeste de Khazra, na cidade de Amouda, província de Hasakah, acompanhadas por guardas fronteiriços da Turquia e abriram caminho para o território sírio, a uma profundidade de cerca de 20 metros, cavando uma trincheira e colocando vigas de concreto para concluir a construção do muro de separação.
Disse também, que as forças turcas, em 14 e 15 de janeiro de 2017, entraram em território sírio pelas cidades de Qurmtlq e Khazafiya, na área de Afrin, província de Aleppo, manejando tratores e máquinas pesadas da Turquia e arrasaram toda a região, a terra, arrancando mil pés de oliveiras e dezenas de árvores de Granada, na cidade Qurmtlq, além de mil e quinhentas oliveiras pertencentes aos residentes da aldeia de Al Khazafiya, a fim de abrir uma estrada e construir um muro de concreto na região. No mesmo dia, as forças turcas ocuparam um terreno na zona proibida, próximo à aldeia árabe de Buran, na área de Afrin, e implementaram uma cerca de arame farpado de 100 metros de profundidade e 600 metros de comprimento dentro do território sírio.
O ministério assinalou que, em 16 de janeiro de 2017, as forças turcas, munidas de maquinaria pesada invadiram o território sírio na área próxima à cidade de Al Jawadip, na província de Hasakah, e começaram a cavar uma trincheira desta cidade para as aldeias próximas de Deir Bab Ghosn e Salomão, na mesma área, colocando pilhas de brita, a fim de construir um muro de segregação.
Segundo o Ministério, a guarda fronteiriça da Turquia, em 22 de janeiro de 2017, introduziu máquinas pesadas em território proibido em frente à aldeia de Hchaeli, na cidade de BulBol, província de Aleppo, e foram cavadas trincheiras para preparar a construção de um muro de segregação na região.
No área de Harem, província de Idlib, as autoridades turcas apoderaram-se de uma área do território sírio, de aproximadamente 6 acres, localizada perto de Forn Al Ali que pertence a cidadãos sírios, onde abriram uma estrada. As tropas turcas entraram em território sírio nas aldeias de Khirbet Al Yuz, Al Zouf, Al Nasera e Heta, província de Idlib, e iniciaram a construção de estradas entre estas cidades e obras para a construção de um outro muro de segregação na região.
As autoridades turcas estabeleceram recentemente uma base militar em território sírio, na aldeia de Jtarar, ao norte da cidade de Tal Refaat, na província de Aleppo, incluindo locais de venda de munição, sede para os oficiais e soldados turcos, assim como sedes para os terroristas do grupo denominado “Escudo do Eufrates”, e arrasaram as terras próximas à cidade de Kaljibrin, na área de Azaz, província de Aleppo, para a preparação e estabelecimento de uma base militar, declarou o Ministério das Relações Exteriores sírio.
Em 05/02/2017, uma força militar turca invadiu a localidade de Bulbul Brive, na aérea de Afrin, província de Alepo, onde as árvores da floresta foram cortadas e trincheiras cavadas, para a construção do muro de concreto armado, acrescentou o Ministério do Exterior, nas suas cartas.
O Ministério das Relações Exteriores declarou que os ataques turcos vêm no contexto da agressão continuada do regime turco levada a cabo há mais de cinco anos e que pretende fornecer todos o tipo de apoio militar, material e logístico a grupos terroristas e o recrutamento de combatentes terroristas estrangeiros, além de facilitar a sua entrada na Síria.
Ele acrescentou que o Governo da República Árabe da Síria reitera o seu pedido ao Conselho de Segurança da ONU, para que sejam cumpridas as suas responsabilidades na manutenção da paz e da segurança internacionais e para pôr fim às violações do regime turco, cometidas contra o povo sírio e a seus ataques ao território sírio.
Fonte: Agência Sana, Tradução de Maria Helena D’Eugênio, para o Resistência