Nicarágua

Recomeça na Nicarágua diálogo nacional pela paz

25/06/2018

O governo da Nicarágua e a chamada Aliança Cívica pela Justiça e a Democracia (de oposição) retomaram nesta segunda-feira (25) o diálogo nacional com o objetivo de superar a crise social e política que o país atravessa há dois meses.

As três mesas de trabalho relacionadas com os temas verificação e segurança, eleições e justiça estão no foco desta rodada de conversações, na qual o governo volta a apresentar uma proposta de instalar comissões locais de paz, segurança e reconciliação, mecanismos e compromissos válidos, aplicáveis de imediato.

O objetivo é conter a onda terrorista de crimes, sequestros, torturas, ameaças, atos de intimidação, incêndio de casas e atrocidades sem limites que atentam contra a vida e a dignidade das pessoas.

Dois membros da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) se encontram no país para dar assessoria técnica na mesa de verificação e segurança, encarregada de cumprir o acordo sobre a cessação da violência e um plano para a remoção dos bloqueios de ruas e estradas no território nacional.

A hierarquuia católica convocou a nova rodada do diálogo depois que o governo convocou organismos internacionais como o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos e a União Europeia, para acompanhar o processo, em conformidade com o que foi acordado na mesa plenária.

O governo sandinista crê firmemente que o diálogo e a negociação constituem o único caminho de solução pacífica para qualquer diferença, conforme expressou na sexta-feira passada (22) o chanceler nicaraguense, Denis Moncada, perante o Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos.

‘Continuaremos trabalhando por um diálogo com participação construtiva, que resulte em acordos consensuais, que respeitem a ordem constitucional em benefício da paz, da segurança e estabilidade da nação como via necessária para avançar no direito, democratização e fortalecimento institucional e eleitoral”, acrescentou.

Desde 18 de abril último, a Nicarágua atravessa uma crise social e política sem precedentes nas últimas décadas.

Uma espiral de violência eclodiu em meio a protestos contra a reforma previdenciária, depois revogada, o que não foi suficiente para conter as manifestações, que incorporaram outras demandas políticas.

De acordo com observadores, tais reformas serviram de pretexto para executar um plano dirigido desde o exterior com o objetivo de desestabilizar a nação e provocar a queda do governo.

Resistência, com Prensa Latina

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