África do Sul
Ramaphosa é eleito presidente da África do Sul após renúncia de Zuma
Cyril Ramaphosa foi eleito presidente da África do Sul em votação parlamentar nesta quinta-feira (15) conforme havia informado o Resistência, caso fosse concretizada a renúncia de Jacob Zuma, o que aconteceu na noite de quarta-feira (14).
Zuma cumpriu uma orientação do Comitê Executivo do Congresso Nacional Africano (CNA), que na segunda-feira (12) havida dado um prazo de 48 horas para que o então presidente apresentasse a renúncia.
Em pronunciamento na TV estatal, Zuma declarou: “Cheguei à decisão de renunciar como presidente da República com efeito imediato” afirmou. “Apesar de eu discordar da decisão da liderança da minha organização, sempre fui um membro disciplinado do CNA”, acrescentou.
Ramaphosa, que também é presidente do CNA, foi eleito sem oposição pelo Parlamento como sucessor permanente de Zuma, e declarado devidamente eleito pelo chefe do Judiciário da África do Sul, Mogoeng Mogoeng.
O Partido Comunista Sul-Africano, organização que integra o CNA desde sua fundação, divulgou uma nota saudando a renúncia. Seguem alguns extratos:
“O PCSA junta-se à grande maioria dos sul-africanos, ao saudar a renúncia tardia do presidente Jacob Zuma. Isso é algo que deveria ter acontecido há muito tempo (…) o leilão de nossa soberania nacional na busca da acumulação privada causou grandes danos ao nosso país. A agenda da captura do Estado em que o presidente Zuma tem sido elemento central teve um impacto particularmente devastador sobre a classe trabalhadora e os pobres rurais e urbanos (…) Nunca mais devemos permitir que um indivíduo, quaisquer que sejam as suas credenciais de luta, esteja acima da disciplina da organização, da liderança coletiva e do direito democrático da lei (…) Uma das tarefas críticas que os sul-africanos precisam completar à medida que avançamos é a intensificação da batalha para desmantelar mecanismos paralelos do Estado, incluindo unidades de inteligência desonestas e redes parasitárias associadas. É mais provável que a inteligência desonesta seja usada para tentar manchar a imagem das lideranças do nosso movimento e da sociedade civil.”