Venezuela
PSUV denuncia plano golpista da direita na Venezuela
A direção nacional do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) denunciou neste sábado (22) a nova agenda desestabilizadora da direita no país, a qual consiste em ações de rua, atos inconstitucionais e o chamado a uma greve nacional.
O primeiro vice-presidente do PSUV, Diosdado Cabello, indicou que o partido continuará fazendo investigações e denunciando as irregularidades cometidas pela oposição, já que “foram feitas verificações não somente em sete estados, todos os estados apresentaram denúncias ante o ministério público e tribunais. Não vamos deixar passar essas irregularidades”.
Depois da nulidade de um por cento da coleta de assinaturas para o processo de ativação do referendo revogatório do mandato presidencial nos estados de Aragua, Apure, Bolívar, Carabobo, Monagas, Trujillo e Zulia, “alguns setores da direita estão convocando marchas para que não se reconheça o governo de Nicolás Maduro”, disse o dirigente político.
A fim de preservar a paz no país, o vice-presidente do PSUV denunciou a aplicação da Operação “Condor” Plano Rock and Roll, que é o roteiro da direita venezuelana para os próximos dias até conseguir a saída inconstitucional do presidente Nicolás Maduro. Esta operação se divide em quatro fases que incluem ações de rua e atos inconstitucionais por parte da Assembleia Nacional, a paralisação das atividades no país e a solicitação de ajuda internacional.
Em coletiva de imprensa, em Caracas, Cabello explicou que o plano subversivo foi encontrado em posse do dirigente do agrupamento Vontade Popular e vereador do município San Cristóbal, no estado de Táchira, José Vicente García, que foi detido em 18 de outubro com artefatos explosivos.
“Em seu poder, em seu telefone foi encontrada a informação de um plano subversivo para a saída do presidente Nicolás Maduro, vinculado às pretensões de fuga de Daniel Ceballos”, argumentou.
Operação “Condor” Plano Rock and Roll
O plano subversivo faz parte do golpe de Estado continuado contra o presidente da República Bolivariana da Venezuela, contemplando a alegação de abandono do cargo por parte do chefe de Estado, a convocação de uma greve nacional, uma marcha até o palácio Miraflores, o cerco a quartéis militares, ataques à Força Armada Nacional Bolivariana e a intervenção da embaixada dos Estados Unidos.
As ações estão planificadas pela Mesa da Unidade Democrática e os partidos políticos Vente Venezuela e Vontade Popular (VP), liderados por María Corina Machado e Leopoldo López.
Lester Toledo, Warner Jiménez, David Smolansky, Delson Guarate, Daniel Ceballo, Gaby Arellano, Yon Goicochea e Freddy Guevara, são os chefetes da operação.
Fases da operação
Fase 1 – Ações de 14 a 25 de outubro: A MUD promoverá o conceito inconstitucional de “referendo revogatório popular”. A Assembleia Nacional e deputados da direita convocarão sessão extraordinária para discutir a nacionalidade do presidente e o abandono do cargo.
Fase 2 – Ações de 26 a 28 de outubro: Coleta de assinaturas e declaração de desobediência civil. Convocação de greve geral. Solicitação de presença de ONGs e aliados da direita.
Fase 3 – Ações de 29 de outubro a 9 de de novembro: Concentração em todos os estados do país. Marcha até a Assembleia Nacional em 31 de outubro. Entrega de assinaturas do “referendo revogatório popular” na Assembleia Nacional.
No dia 3 de novembro destituem o presidente Maduro por causa do referendo alegando abandono do cargo e problemas com a nacionalidade. Tomada do aeroporto La Carlota, em Caracas, em 5 de novembro, enquanto que no interior do país tomam quartéis militares. Em 6 de novembro convoca-se a greve geral, e em 9 de novembro bloqueiam as vias principais do país.
Fase 4 – Ações de 10 de novembro até que Maduro caia. Pedido de apoio internacional e marcha até o palácio de Miraflores.