Solidariedade
Presidenta do Conselho Mundial da Paz denuncia o retrocesso na política dos EUA contra Cuba
Ao reagir contra as declarações feitas pelo presidente estadunidense Donald Trump em 16 de junho durante evento em Miami, na Flórida, movimentos da paz e em defesa da soberania das nações têm denunciado o “retrocesso diplomático” em que se baseia o cancelamento de um acordo de reaproximação assinado entre Cuba e os EUA em 2014, que levou inclusive à reabertura das Embaixadas e outras medidas importantes. A presidenta do Conselho Mundial da Paz, Socorro Gomes, também emitiu nota, nesta quinta-feira (22), para apelar ao reforço do apoio ao povo cubano na defesa da sua soberania e de uma política internacional de respeito mútuo e amizade. Leia o texto a seguir:
Denunciamos o retrocesso diplomático e a ingerência dos EUA contra Cuba!
Com indignação e enfático rechaço, denunciamos o retrocesso da política externa dos Estados Unidos sob o governo de Donald Trump com relação à Cuba revolucionária, um retrocesso que evidencia a escolha do novo presidente pelas ameaças e chantagens usadas costumeiramente pela potência imperialista contra o povo cubano.
O Conselho Mundial da Paz somou-se aos movimentos, entidades e governos solidários à República de Cuba no apoio e na celebração da vitória diplomática do povo cubano desde o anúncio de restabelecimento das relações bilaterais com os Estados Unidos, em 2014.
Simultaneamente, ao lado do povo cubano, exigimos sempre o fim do intervencionismo estadunidense que constantemente tenta perturbar o progresso da revolução cubana e isolar a nação através de um bloqueio criminoso imposto há mais de cinco décadas.
Trump anunciou o retrocesso em 16 de junho último desde a simbólica tribuna de Miami – pagando tributo a cubanos antipatriotas contentes com a ingerência estadunidense e a guerra econômica e midiática contra a ilha revolucionária – ao cancelar o acordo assinado em 2014. Rechaçamos completamente as declarações do novo presidente dos EUA, típicas de uma política fracassada e retrógrada, de alegações infundadas e hipócritas contra a democracia cubana.
Denunciamos o perigo das novas investidas da política militarizada dos EUA sob o governo Trump para toda a América Latina, enquanto Cuba tem defendido a paz no continente americano e no mundo – um imenso contraste com o imperialismo estadunidense. Ao mesmo tempo, alertamos e convocamos ao reforço da nossa luta contra a ingerência e em defesa da soberania das nações, diante dos indícios de que as políticas de desestabilização interna serão intensificadas.
Por isso, expressamos nossa resoluta solidariedade ao povo cubano e às organizações amigas, como o Movimento Cubano pela Paz e a Soberania dos Povos (MovPaz), o Instituto Cubano de Amizade com os Povos (Icap) e a Organização de Solidariedade com os povos da África, Ásia e América Latina (Ospaaal) na defesa da sua revolução e da sua independência contra a ingerência estrangeira, as ameaças e o retrocesso diplomático anunciado pelo presidente dos EUA.
O Conselho Mundial da Paz tem reiterado e reforçado seu apoio ao povo cubano e enfatizado o papel que “a maior das Antilhas” desempenha na promoção de uma ordem internacional de amizade e fraternidade, de solidariedade, cooperação, justiça e progresso compartilhado, ao tempo em que denuncia o imperialismo estadunidense e sua agressividade e ameaças contra os povos.
Seguiremos em luta, pelo fim da ingerência do imperialismo estadunidense na América Latina e em Cuba!
Socorro Gomes,
Presidenta do Conselho Mundial da Paz