Solidariedade

Povos e governos do mundo pedem a Obama que revogue decreto contrário à Venezuela

03/04/2016

A ministra venezuelana das Relações Exteriores, Delcy Rodríguez, comemorou neste sábado (2) o fato de que os organismos regionais e a comunidade internacional apoiam seu país em face da prorrogação do decreto de emergência nacional em que os Estados Unidos consideram a Venezuela como uma ameaça.

“Conseguimos o apoio e a solidariedade de todos os nossos organismos regionais e de toda a comunidade internacional. Mais uma vez os povos do mundo, os governos do mundo, disseram consecutivamente ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que revogue esse decreto”, afirmou a chanceler em declarações à rede Venezuelana de Televisão.

A ministra destacou que os povos do mundo conhecem a realidade venezuelana e sabem que o governo bolivariano não representa um perigo para a estabilidade da nação norte-americana.

Por outro lado, a chefe da diplomacia venezuelana indicou que o referido decreto não tem fundamento jurídico nem político, sendo assim, representa uma violação do direito internacional.

Finalmente, a chanceler ressaltou a disposição do governo do presidente Nicolás Maduro para dialogar com o governo de Washington, a fim de chegar a uma solução diplomática e de que se normalizem as relações bilaterais.

Celac

A Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) manifestou neste sábado (2) solidariedade com a Venezuela diante da prorrogação do decreto de emergência nacional imposto pelo governo de Barack Obama. Antes da Celac, a União das Nações Sul-americanas (Unasul) tinha feito o mesmo.

A Celac considera que a atitude do governo estadunidense representa a aplicação de medidas coercitivas unilaterais contrárias ao Direito Internacional.

O texto do organismo multilateral latino-americano e caribenho assinala o compromisso com a plena vigência do Direito Internacional, a solução pacífica de controvérsias e o princípio da não intervenção.

Igualmente, a Celac ratifica os postulados da proclamação da América Latina e o Caribe como zona de paz, lançada na segunda reunião de cúpula, realizada em Havana, em janeiro de 2014.

O texto da Celac faz um chamamento aos governos dos Estados Unidos e da República Bolivariana da Venezuela para que iniciem ‎um diálogo à luz dos princípios do respeito à soberania, da não ingerência nos assuntos internos, da autodeterminação dos povos e da ordem democrática e institucional, em consonância com o Direito Internacional.

Correo del Orinoco

 

Compartilhe:

Leia também