Resistência

Nesta sexta-feira (2), o Prêmio Nobel da Paz argentino, Adolfo Pérez Esquivel, se reuniu em São Paulo com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para levar seu apoio diante da campanha judicial que pretende evitar que seja candidato presidencial em 2018 com um julgamento violador do direito ao devido processo.

“A chegada do PT e de Lula à presidência marcaram um antes e um depois para o Brasil, a ponto de converter-se em uma referência internacional de luta contra a pobreza. Mais de 30 milhões de pessoas foram resgatadas da pobreza extrema (um país inteiro), diminuiu a desigualdade e aumentou o índice de desenvolvimento humano”, explicou Pérez Esquivel referindo-se à proposta que levará ao Comitê Nobel da Noruega. “Seu governo teve políticas cruciais para a paz dos brasileiros e foi um exemplo para o mundo”.

Por sua parte, Lula falou sobre os “graves retrocessos democráticos” e como “muita gente está caindo novamente na pobreza”. Agradeceu a visita de Pérez Esquivel destacando que “é bom vê-lo lutar incansavelmente pela democracia, os povos e os direitos humanos, porque dá ânimo para seguir lutando”.

“Hoje no Brasil não há democracia, isto é uma continuidade do golpe suave contra Dilma Rousseff ocorrido em 2016. Defender a candidatura de Lula é defender a volta da democracia brasileira. O povo do Brasil está perdendo sua terra, seu teto e seu trabalho. A direita sabe que Lula tem muito apoio porque realizou políticas para a igualdade e a justiça social como nunca houve neste país, por isso precisam proscrevê-lo. Perseguem-no não pelo que consideram políticas erradas, mas porque querem reverter o bem que fez para as maiorias populares”, afirmou Pérez Esquivel, que é uma referência internacional de direitos humanos sobre Lula, que foi o primeiro presidente operário das Américas.

Para além das eleições, ambos destacaram a necessidade da solidariedade internacional de organizações sociais e políticas em face da grave situação atual que o Brasil está vivendo devido às políticas regressivas e repressivas do governo de Temer.

Resistência, com site de Adolfo Pérez Esquivel