Diplomacia

Palestina exige na ONU fim de ocupação israelense

20/04/2017
Embaixador palestino na ONU, Riyad Mansour

O observador permanente da Palestina perante a ONU, Riyad Mansour, exigiu nesta quinta-feira (20) no Conselho de Segurança o fim da ocupação israelense como um caminho para alcançar a estabilidade no Oriente Médio.

“No  coração da instabilidade em nossa região permanece a questão palestina, uma grave injustiça sem remédio, que gera sofrimento e ameaça a paz e a segurança internacionais”, advertiu em um debate aberto do Conselho para abordar a situação no Oriente Médio.

De acordo com o diplomata, é urgente atender uma das principais causas do problema, a ocupação iniciada por Israel em 1967, agravada pela colonização mediante assentamentos judeus da Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental.

Mansour afirmou na reunião do Conselho, presidido este mês pelos Estados Unidos, que com sua postura os ocupantes negam ao povo palestino seu direito inalienável à liberdade, à autodeterminação e a solução justa para a questão dos milhões de refugiados.

A esse respeito, insistiu na responsabilidade do Conselho de Segurança de encontrar uma saída política para o conflito e de preservar viva a opção dos dois Estados.

Em sua intervenção, o embaixador palestino denunciou que Israel desrespeita as decisões do Conselho de Segurança voltadas para reverter o atual cenário, entre elas a resolução 2334, adotada em dezembro passado, que demanda o fim da construção de novos aseentamentos judeus na Cisjordânia.

Mansour também fez um chamamento para que Israel renuncie a suas políticas hostis, responsáveis por milhares de prisioneiros, pela crise humanitária na Faixa de Gaza, as tensões na Cisjordânia, a colonização, a demolição de casas e ataques.

Trata-se de um statu quo que é mais inaceitável, estamos diante de uma situação explosiva que requer ações, sublinhou.

O diplomata defendeu no Conselho de Segurança a realização de um esforço global para resolver o conflito e garantir a paz, afastando um dos grandes obstáculos para a estabilidade no Oriente Médio.

Por sua parte, o representante de Israel na ONU, Danny Danon, negou que seu país seja responsável pelo caos na região e reiterou as acusações de que na ONU há uma campanha contra seu país.

Redação do Resistência, com Prensa Latina

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