Resistência

Morreu nesta sexta-feira (6) em Santiago, capital do Chile, Margot Honecker, ex-ministra da Educação da RDA (República Democrática Alemã) e viúva do líder da Alemanha Oriental, Erich Honecker. Vítima de um câncer no fígado, Margot tinha 89 anos.

Margot vivia no Chile desde 1992. Comandou a pasta da Educação de 1963 a 1989, incluindo o governo do seu marido (1971-1989), com quem se casou em 1953. Em 1991, dois anos após a queda do Muro de Berlim, os dois obtiveram asilo na embaixada do Chile em Moscou, onde permaneceram por sete meses, até pouco tempo depois da dissolução da União Soviética.

Os governos russo e chileno chegaram a um acordo que retirou o casal da embaixada. Em 1992, Margot se mudou para o Chile, onde vivia desde então, com uma pensão paga pelo governo alemão.

Erich Honecker foi entregue à Justiça alemã, que o condenou pela morte de pessoas que tentaram atravessar o Muro de Berlim. Com um câncer em estado terminal, Erich Honecker foi libertado da prisão em 1993, por questões humanitárias, e morreu no ano seguinte no Chile.

Nas poucas vezes em que falou publicamente desde que se mudou para o Chile, Margot defendeu o governo da extinta Alemanha Oriental. “Pela primeira vez na história, uma forma justa e humana de sociedade foi estabelecida na Alemanha”, disse em uma entrevista em 2000 ao jornalista chileno Luis Corvalán, que foi até 1990 secretáriio-geral do Partido Comunista do Chile.

Fonte: Opera Mundi