França
Meio milhão de franceses protestam contra os planos do governo
Ao redor de meio milhão de pessoas saíram nesta quinta-feira (22) às ruas em toda a França para protestar contra os planos do governo de Emmanuel Macron, como a reforma ferroviária e as transformações na função pública.
Durante toda a jornada se desenvolveram protestos em dezenas de cidades protagonizadas pelos trabalhadores ferroviários, os servidores públicos, estudantes e multidões de cidadãos opostos aos projetos do Executivo.
A nível nacional registrou-se uma assistência aproximada de 500 mil manifestantes, enquanto em Paris informaram-se diversas cifras em uma faixa de 47 mil a 65 mil, com dois desfiles que confluíram na emblemática praça da Bastilha.
Os trabalhadores da Sociedade Nacional de Ferrovias (SNCF) protestaram contra a reforma ferroviária impulsionada pelas autoridades, considerada o início da destruição desse setor modelo do serviço público na França.
Por sua vez, os servidores públicos mobilizaram-se para recusar os planos do governo de eliminar 120 mil postos de trabalho e de cortar 60 bilhão de euros do orçamento destinado a esta divisão.
A greve gerou perturbações em diversos setores como o transporte aéreo, o ferroviário, as escolas, as universidades e diversas instituições da administração pública.
Em Paris registraram-se distúrbios e episódios violentos entre grupos de mascarados e as forças de segurança.
Ainda que a multidão de participantes na manifestação marchou em calma pelas ruas parisienses, alguns grupos de encapuçados que atuavam à margem da passeata protagonizaram fatos violentos como a destruição de imóveis e lançamento de pedras nos agentes.
Em resposta, os guardas empregaram canhões de água para tentar dispersar aos autores das agressões, o que gerou um clima de tensão ao longo da demonstração.
Na cidade de Nantes também ocorreram distúrbios que terminaram com a detenção de sete pessoas.
A mobilização desta quinta-feira é considerada o prelúdio do que sucederá de abril a junho: a SNCF convocou uma greve de dois dias a cada cinco nesses três meses, o que significa 36 jornadas de paralisação dos serviços dos trens.
Fonte: Prensa Latina