Resistência

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, assegurou neste sábado (21) em Havana que seu país e Cuba continuarão trabalhando em conjunto para benefício de ambos os povos e os demais povos da região latino-americana.

Depois de depositar uma oferenda floral diante do monumento em honra do Herói Nacional de Cuba, José Martí, Maduro recordou à imprensa que cubanos e venezuelanos percorreram juntos um caminho pleno de dificuldades e esperanças.

“Viemos para renovar os sonhos e mirar o futuro, visualizar os próximos dez anos e ver o que mais se pode fazer pelos nossos povos, por Nossa América e o Caribe”, disse Maduro antes do encontro com o recém-eleito presidente cubano, Miguel Díaz-Canel.

Segundo o mandatário venezuelano, é preciso determinar o que é necessário para solidificar as bases da unidade nos aspectos político, moral, espiritual e, sobretuodo, econômico, o que cimentará a verdadeira libertação e a independência.

“A essa união poderosa no setor econômico vamos apontar para Cuba, Díaz-Canel e Raúl Castro, que segue à frente da vanguarda”, comentou.

A visita de Maduro a Cuba é a primeira de um mandatário estrangeiro desde que em 19 de abril Miguel Díaz-Canel substituiu Raúl Castro como presidente dos conselhos de Estado e de Ministros.

O líder revolucionário, que nesta semana terminou seu segundo período como chefe de Estado e de Governo da nação caribenha, continuará como primeiro secretário do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba até 2021.

As excelentes relações entre as duas nações foram aprofundadas pelos presidentes Hugo Chávez e Fidel Castro, que iniciaram uma história de colaboração que levou dezenas de milhares de cubanos a prestar assistência médica solidária na nação bolivariana.

Chávez e Fidel fundaram no ano de 2004 a Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América – Tratado de Comércio dos Povos (ALBA-TCP) que lançou as bases jurídicas para uma melhor integração regional e contribuir para o desenvolvimento social, econômico e cultural dos povos.

O tratado ALBA-TCP surgiu como expressão de uma integração baseada na complementaridade, na solidariedade e na cooperação, preceitos impulsionados pelos dois líderes e como alternativa frente à Área de Livre Comércio para as Américas, proposta pelos Estados Unidos.

Este bloco de concertação política foi integrado no início por Cuba e Venezuela, e depois da década passada outros países se somaram, como Antígua y Barbuda, Bolívia, Dominica, Equador, Nicarágua, Santa Lucía, San Vicente e Granadinas, San Cristóbal e Neves, e Granada.

Resistência, com Prensa Latina