Venezuela
Maduro: o povo está preparado para seguir o caminho de seus heróis e continuar vitorioso
O presidente da República, Nicolás Maduro, conclamou na quarta-feira (1º/2), a seguir o exemplo do general do povo, Ezequiel Zamora, para defender a soberania e a dignidade da pátria, e construir em conjunto um novo modelo econômico justo, eficiente, diversificado e próspero.
“Somos feitos de uma madeira especial e somos capazes de tudo quando se trata de defender a terra e o direito de um povo (…) este povo está preparado para seguir seu caminho, o caminho de Bolívar, de Fabrício Ojeda, de Zamora, e permanecer vitorioso”, expressou o chefe de Estado durante o desfile comemorativo do 200º aniversário do nascimento de Ezequiel Zamora. O evento, realizado em Caracas, contou com a participação de todos os componentes da Força Armada Nacional Bolivariana (Fanb), representantes dos coletivos, dos movimentos sociais e mais de 5 mil homens e mulheres do Poder Popular.
O presidente afirmou que o novo desafio para o século 21 está em alcançar a “independência definitiva da pátria, a construção de um novo modelo econômico, justo e igualitário, eficiente, eficaz e à altura das potencialidades de uma pátria que tem todas as riquezas, e a maior riqueza, seu povo trabalhador e seu desejo de ser livre”, enfatizou.
Durante o evento do bicentenário do nascimento de Zamora, o chefe de Estado recordou as dificuldades que o General do Povo enfrentou para defender seus ideais de liberdade e igualdade ante os conservadores, uma elite que buscava manter seus privilégios herdados da época da colônia.
“Graças a Deus por ter nos permitido celebrar os 200 anos de Ezequiel Zamora com a pátria livre, governando como estamos governando junto ao povo”, disse Nicolás Maduro.
O presidente mostrou um retrato do líder popular, pintado pelo comandante Hugo Chávez em 1991, e que esteve por anos em mãos de uma família do município de Baruta, no estado de Miranda.
Neste quadro de Zamora estão escritas três de suas insignes frases: “Terras e homens livres”, “Eleição popular” e “Horror à oligarquia”, frase que – disse Maduro – são o caminho a seguir na Revolução Bolivariana idealizada por Hugo Chávez.
“Convido a pintar a história multicolor, com amor. Sim, com amor, é uma força que pode gerar um compromisso e a paixão para enfrentar todas as dificuldades que nosso povo hoje está vencendo”, afirmou o presidente Nicolás Maduro.
Bandeiras de Bolívar e Zamora
O presidente Maduro indicou que os valores e princípios humanistas e de solidariedade exaltados por Bolívar e Zamora devem inspirar as novas batalhas do povo venezuelano, que começou este ano de 2017 vitorioso contra as forças de direita que tentam impor-se e evitar que os homens e mulheres da pátria bolivariana escrevam seu próprio destino.
“O ano de 2017 começou com o povo vencendo, avançando, governando, e assim devemos continuar no espírito de vitória com que começamos este ano bicentenário”, disse o presidente Maduro, após enfatizar que “o que não luta para vencer, já está vencido, e nosso espírito tem que ser o do amor, cidadãos valentes”.
Também destacou a convicção e luta do presidente Hugo Chávez em reivindicar os direitos dos povos mais vulneráveis da América Latina frente aos setores da oligarquia internacional, recordou que o líder da Revolução Bolivariana trouxe a este século as bandeiras de solidariedade defendidas pelo libertador Simón Bolívar e por Ezequiel Zamora.
“A cada dia que passa, a cada ano que passa, cresce o impacto moral e espiritual de Chávez em nosso povo, nos povos do mundo. Chávez foi um líder venezuelano, latino-americano e caribenho e da humanidade, e Chávez é hoje e sempre será o líder da esperança dos povos que sonham com uma vida de de dignidade e respeito”, afirmou Maduro.
Força Armada Patriota
Durante seu discurso, o chefe de Estado agradeceu ao povo e aos oficiais da Força Armada Nacional Bolivariana por sua participação neste ato que enaltece o valor da luta e dos que fazem a pátria livre e soberana.
“Sintam-se portadores do espírito original que fundou estas terras e do espírito dos libertadores que corre em nosso sangue, do espírito de Zamora, do espírito nacional da nossa Revolução”, disse.
Também ressaltou o espírito dos oficiais militares que se reencontraram com as bandeiras anticolonialistas.
A Força Armada veio construindo um pensamento militar próprio, e se inspirou para a sua doutrina moral, conceito dos libertadores de Miranda, em Bolívar, em Sucre, em Zamora. Hoje a Força Armada deu um passo histórico; neste 1° de fevereiro de 2017, a Força Armada assumiu seu caráter zamorista e antioligárquico, considerem isso com orgulho e consciência.
Destacou que nos próximos dias serão realizados os preparativos correspondentes para comemorar os 25 anos da rebelião cívico-militar que o líder revolucionário dirigiu em 4 de fevereiro de 1992 para lutar pelos direitos do povo.
“O dia da ressurreição dos gigantes, o dia em que Bolívar e Zamora voltaram, o dia em que um povo ressuscitou”, disse Nicolás Maduro.
Resistência, com AVN, tradução de Luci Nascimento