Venezuela
Maduro diz que imperialismo se equivocou com as forças armadas venezuelanas
“O imperialismo se equivocou com a Força Armada Nacional Bolivariana (Fanb)”, disse neste sábado (24) o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, que uma vez mais condenou o apelo ao golpe de Estado contra o país, feito em 1º de fevereiro último pelo secretário de Estado dos Estados Unidos, Rex Tillerson.
O comandante em chefe da Fanb destacou que “quando o imperialismo chama nossos soldados a dar um golpe de Estado, ofende a moral de nossa Força Armada Nacional Bolivariana”.
Tillerson insinuou em 1º de fevereiro passado que os militares venezuelanos poderiam converter-se em “agentes da mudança”. Diante disso, Maduro assinalou que “quando o imperialismo e o secretário de Estado, Rex Tillerson, chama os militares venezuelanos a dar um golpe de Estado está ofendendo a dignidade bolivariana de nossa Força Armada Nacional Bolivariana, e lhe respondemos com os exercícios militares “Independência 2018″, gritando para o secretário de Estado norte-americano e o imperialismo: Independência e Pátria Socialista”.
Desde o Forte Tiuna, em Caracas, durante a realização do Exercício de Ação Defensiva Multidimensional Independência 2018, o presidente da República venezuelana defendeu que este deslocamento de tropas, fundamentado em manobras estratégicas e operações militares, na união cívico-militar, tem como objetivos traçados a defesa integral da nação e o estímulo à luta contra a guerra econômica não convencional, a luta contra o terrorismo, os grupos violentos, assim como contra todas as ameaças que atentem contra a integridade, a soberania e a paz do país.
Nesse sentido, Maduro destacou que a Fanb foi criada sob os princípios libertários que têm sua gênese no começo da Venezuela e se consolidam na época da independência e os exércitos libertadores promovidos pelo libertador Simón Bolívar.
“A Força Armada Nacional Bolivariana se converte em força coesionadora da nação. É uma força garantidora dos direitos do povo, uma força garantidora da existência da pátria, não é uma casualidade que na gênese de nossa República esteja o exército libertador. Nossa pátria nasceu em armas com o exército libertador e daí surgiram a primeira e a segunda repúblicas. Há mais de 200 anos, surgiu a República pelas mãos de nosso libertador (Simón Bolívar) e a partir dessa libertação a grande estratégia libertadora da América Latina”, enfatizou.
Nesse sentido, o presidente venezuelano destacou o caráter anti-imperialista, nacionalista e defensor da paz, ao tempo em que ressaltou que o exército do país transcende seu papel na história e sua gesta libertária iniciada por Bolívar foi reivindicada pelo líder da Revolução Bolivariana, Hugo Chávez Frías.
“Não foi simplesmente um exército para enfrentar outro exército. Foi um exército para fundar a República, para libertar continentes, para integrar povos. Essa é nossa raiz que graças a nosso Comandante Chávez ressuscitou em toda a Força Armada Nacional Bolivariana, que como uma só força está na batalha contra a guerra econômica, o terrorismo, o imperialismo, na batalha de ideias e valores”, afirmou.
Maduro enfatizou que o sistema de comando do componente militar está sob sua autoridade, por ser o chefe de Estado que foi escolhido constitucionalmente pelo povo venezuelano.
“O imperialismo se equivocou com a família militar”, reiterou, e exortou as forças armadas a continuarem a defender a pátria.
Resistência, com Agência Venezuelana de Notícias