Maduro 2018
Maduro adverte que convocação à abstenção por um setor da oposição é um salto no escuro
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, advertiu nesta sexta-feira (2) que a convocação à abstenção por um setor oposicionista é um salto no escuro.
“Querem tomar o poder político na Venezuela, mas como vão fazer, vão dar um golpe de Estado para pôr no poder Ramos Allup, ou Maria Corina? Mas quem decide sobre o golpe de Estado? Quem decide sobre quem é presidente, um golpe de Estado ou os votos? O que vão fazer no dia seguinte, vão trazer os porta-aviões dos Estados Unidos e vão desembarcar uma junta de governo e nós venezuelanos vamos nos calar? Não lhes parece uma loucura a convocação à abstenção, um salto no escuro? – questionou.
Depois da assinatura na sede do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), por parte dos candidatos às eleições presidenciais, do acordo de garantias eleitorais e de reconheimento dos resultados, o chefe de Estado assegurou que setores da oposição conclamam à abstenção porque sabem que perdem as eleições e estão “subordinados ao governo imperialista dos Estados Unidos e à direita internacional”.
Ao mesmo tempo, Maduro previu que esses setores vão ter uma surpresa. “Vão se surpreender de quantos candidatos vão se registrar de todos os partidos de oposição para serem vereadores nos municípios e legisladores em todos os estados, cuidado se não chegarem a milhares. A Venezuela vai ter uma festa eleitoral”.
Apoio de opositores
O mandatário nacional assinalou que setores partidários da oposição votarão porque isto representa a garantia de paz e estabilidade de que o povo venezuelano necessita.
Maduro assegurou também que sua gestão no novo período presidencial estará focada na união nacional. “Eu vou empenhar-me em estender as mãos a todos os venezuelanos que querem paz, estabilidade, garantia de futuro, através dos planos sociais, através do Petro. Quero ser o presidente da reconciliação nacional, do reencontro harmonioso entre os venezuelanos para que deixemos de lado o conflito estéril e nos unamos”.
Resistência, com Correo del Orinoco