Resistência

O Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela (TSJ) concedeu nesta sexta-feira (7) prisão domiciliar a um dos líderes da oposição, Leopoldo López, que cumpre uma pena de quase 14 anos de detenção por delitos de instigação pública, danos à propriedade, incêndio e associação para o crime, cometidos durante a execução do plano insurrecional “A Saída”, em 2014.

A medida se deve a razões humanitárias, “em virtude de informação recebida sobre a situação de saúde de López”, indica o TSJ em boletim de imprensa.

A decisão se tornou efetiva durante a madrugada deste sábado, e foi confirmada pelo advogado de López, Javier Cremades, que no Twitter escreveu: “Leopoldo López está em sua casa de Caracas com Lilian e seus filhos. Ainda não está livre, segue em prisão domiciliar”.

Em fevereirio de 2014, López — também participante do golpe de Estado del 11 de abril de 2002 — ativou o plano insurrecional “A Saída” e chamou a oposição venezuelana a tomar as ruas de Caracas e das principais cidades da Venezuela “até que os que nos governam saiam”.

Esta conspiração deixou 43 venezuelanos assassinados, 800 feridos e danos materiais incalculáveis, como a queima de centros de saúde, universidades e casas de estudos, unidades de transporte público e centros de distribuição de alimentos.

Diante da presença dos delitos de instigação pública, danos à propriedade, incêndio e associação para o crime, López foi condenado em setembro de 2015 a uma pena de 13 anos, nove meses e sete dias de prisão.

O presidente da República, Nicolás Maduro, declarou neste sábado (8) que acata e apoia a decisão do TSJ de conceder a prisão domiciliar a Leopoldo López. O mandatário assegurou que apesar das diferenças políticas e ideológicas espera que com esta medida o dirigente oposicionista “envie uma mensagem de retificação e de paz ao país”.

Resistência, com Agência Venezuelana de Notícias