Oriente Médio
Líder do Hezbolah culpa Arábia Saudita por matança no Iêmen
O secretário-geral do partido Hezbolah, Sayyed Hassan Nasrallah, acusou a Arábia Saudita de perpetrar uma ”catástrofe humana” ao ”massacrar deliberadamente” civis durante um funeral na capital do Iêmen, destacou hoje o canal Al-Manar TV.
Nasrallah culpou a aviação saudita e a coalizão que lidera de lançar os bombardeios sobre Sanaa, a capital que os insurgentes xiitas de Ansar Allah dominam e onde no sábado morreram pelo menos 82 pessoas e 534 ficaram feridas, segundo dados dos rebeldes.
Em um discurso pronunciado no sábado (8), o líder da Resistência libanesa repudiou a ‘horrível matança saudita’ em Sanaa e transmitiu suas condolências à liderança houthi e aos familiares das vítimas.
Sublinhou que ‘a matança saudita não é surpreendente, (porque) para o regime … tem sido habitual cometer crimes na Península Arábica, no Iraque e em outras áreas da região’.
Ainda que as autoridades de Riad tenham negado qualquer envolvimento no mortífero incidente, o clérigo e líder político libanês fez questão de dizer que aviões da monarquia Al-Saud ‘atacaram deliberadamente um funeral’.
Declarou, no entanto, que ‘os yemenitas derrotarão a agressão terrorista saudita sobre seu país’, em referência aos insurgentes de Ansar Allah e seus aliados, um setor do Exército yemenita leal ao ex-presidente Alí Abdulah Saleh, que lutam contra o governo de Abd Rabbo Mansour Hadi.
De acordo com Ghazi Ismail, ministro da Saúde yemenita nomeado pelos houthis, o número de vítimas foi de 82 mortos e 534 feridos, a grande maioria civis.
O bombardeio dirigiu-se contra um centro de atos fúnebres no sul de Sanaa e ocasionou o maior número de mortos em um mesmo ataque desde que a aliança pró-saudita lançou a operação Restauração da Esperança para restituir Hadi na presidência, em 26 de março de 2015.
Prensa Latina