Terrorismo
Irã, Rússia e Síria mantêm compromisso com luta antiterrorista
O Irã, a Rússia e a Síria ratificaram seu compromisso de lutar contra o terrorismo e chamaram outros atores internacionais a fazer o mesmo, além de garantir o cessar-fogo no país árabe.
Segundo destacaram nesta sexta-feira (10) meios de comunicação iranianos, esse foi o principal resultado, ou ao menos o mais visível para a opinião pública mundial, da reunião concluída na véspera em Teerã pelos ministros da Defesa iraniano, general de brigada Hossein Dehqan; russo, Sergey Shoygu; e sírio, general Fahd Jassem Al-Farij.
A reunião trilateral convocada por iniciativa de Teerã também demonstrou o compromisso das partes de continuar o apoio ao governo e ao povo sírios para alcançar a estabilidade e a segurança no país árabe, sacudido por mais de cinco anos de conflito armado insuflado desde o exterior.
O secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã, Ali Shamkhani, avaliou que esse encontro mostrou “o compromisso invariável dos três países para intensificar uma guerra em larga escala contra o terrorismo dos fundamentalistas sunnitas e seus partidários”.
Depois de reunir-se com o titular russo, Shamkhani coincidiu com Dehqan e Al-Farij em enaltecer as políticas valentes do presidente russo, Vladimir Putin, ao lançar “essa guerra sem quartel contra o terrorismo na Síria”.
O ministro iraniano, por seu lado, sublinhou que a nação persa apoia um “cessar-fogo garantido na Síria, caso isso não permita aos terroristas renovar seu poder”.
O Irã sempre apoiou as conversações para resolver a crise siria, ressaltou Dehqan na conferência triparte com seus homólogos Shoygu e Al-Farij, ao esclarecer que uma eventual solução tem que ser mediante o diálogo entre os próprios sírios.
O ministro persa comentou que a volátil situação na região tem suas raízes “nas políticas agressivas e expansionistas dos Estados Unidos, Israel e certos países que apoiam o terrorismo”, por isso a “guerra sem quartel (a esse flagelo) sempre esteve na agenda da República islâmica”.
Recordou que o Irã foi mais uma vítima do terrorismo e por isso fará seu enfrentamento “sério e maduro contra os fundamentalistas, os sionistas e os terroristas” para estabelecer a estabilidade e a segurança na região, incluídos o Iraque e o Iêmen, e no resto do mundo.
Os ministros da Defesa reiteraram que estabelecer um cessar-fogo, dar ajuda humanitária e, ao mesmo tempo, negar apoio político e financeiro aos terroristas e impedí-los de ter acesso a esses recursos, “constituirão os passos preliminares para a devolução da paz” na região.
Dehqan asseverou que ante o fato de que os fundamentalistas não seguem princípios morais, o apoio dos Estados Unidos, da Arábia Saudita e de alguns outros Estados da região à chamada oposição moderada síria “é injustificável e prova quanto são frágeis e artificiais as suas declarações antiterroristas”.
Por seu turno, Shoygu afirmou que a Rússia dedica especial atenção às ameaças terroristas na Síria, Líbia, no Iraque e Afeganistão, e defendeu a elevação da cooperação para investigar mais e compartilhar o que for alcançado nesse sentido.
Prensa Latina; tradução da redação de Resistência