Cuba

Homenagens a Fidel Castro marcam o dia da Rebeldia Nacional em Cuba

26/07/2016

O dia 26 de julho, conhecido como “Dia da Rebeldia Nacional”, é uma importante data nacional em Cuba. Foi neste dia, no ano de 1953, que Fidel Castro (então com 27 anos incompletos) liderou outros jovens no ataque aos quartéis de Moncada e Carlos Manuel de Céspedes, fortalezas do regime despótico de Fulgêncio Batista.

A data foi celebrada nesta terça-feira (26) na cidade de Sancti Spíritus (Espírito Santo), em Cuba, e constituiu uma homenagem ao líder histórico da Revolução Cubana, Fidel Castro, que completará 90 anos no próximo dia 13 de agosto.

Imagens do artífice do assalto aos quartéis de Moncada e Carlos Manuel de Céspedes, há 63 anos, foram colocadas na Praça da Revolução Major General Serafin Sánchez, onde se celebrou o ato político cultural pela data, com a presença do presidente cubano, Raúl Castro.

Na intervenção central do ato, o segundo secretário do Partido Comunista de Cuba (PCC), José Ramon Machado Ventura, iniciou seu discurso transmitindo felicitações a Fidel Castro, assim como o compromisso de permanecer fiel aos seus ideais.

f0009405“Certo de expressar o sentir de nosso povo e de milhões de amigos ao redor do mundo, começo transmitindo a mais calorosa felicitação ao companheiro Fidel Castro Ruz, por seu próximo 90º aniversário natalício”.

O também vice-presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros acrescentou “que ao líder da Revolução ratificamos o compromisso de continuar sendo fiéis às ideias pelas quais lutou ao longo de sua vida e manter vivo o espírito de resistência e a fé na vitória que ele soube nos incutir, em primeiro lugar, com seu exemplo”.

Machado Ventura lembrou as palavras de Fidel há 30 anos na cidade de Sancti Spíritus, nas quais descreveu as circunstâncias da época, complexas, mas diferentes das de hoje. Contudo, parecem cada vez mais atuais os conceitos essenciais enunciados por Fidel.

“Não vale a pena avançar se não se consolida o que se fez”. “Só do trabalho vai sair a riqueza” e a certeza de que só um povo que é capaz de vencer seus próprios defeitos, seus próprios erros, um povo que não se submete perante nada, será um povo invencível; foram algumas das ideias manifestadas por Fidel Castro na ocasião.

A vigência desses pensamentos, disse Machado Ventura, é consequência lógica de uma Revolução que agiu invariavelmente na base dos princípios e que é levada para frente por um povo que desde 1959 luta junto a seus líderes por atingir seus objetivos.

Cometemos erros, mas nosso povo retificou e vencido cada obstáculo, considerou e assinalou que uma transformação profunda envolve deveres que impõem esforço e sacrifício, lutar cotidianamente por tornar realidade cada avanço.

Manifestou que o Conceito de Revolução de Fidel guiou a atualização de nosso modelo econômico e social, e que a mesma esteve caracterizada desde o início pela mais ampla participação democrática, em escalas inimagináveis, inclusive em países que se dizem paladinos da democracia.

Manifestou que esse processo de atualização se iniciou no 6º Congresso do Partido e continua com o atual debate dos documentos deste 7º Congresso.

Ressaltou que já se realizaram 22.241 reuniões desde meados de junho, quando começou esse processo, e que 704.643 cubanos participaram. Eles geraram 359.648 intervenções das quais 95.482 são propostas. Todas sem exceção se dirigem a consolidar nosso socialismo, a torná-lo mais próspero e sustentável, afirmou. Todas as mudanças serão por decisão soberana de nosso povo, nada nos será imposto de fora, acrescentou.

Lembrou como era a vida em Sancti Spíritus antes de 1959, um dos dados mencionados foi a mortalidade infantil, da qual não se têm números exatos, mas se considera que era de 60 em cada mil nascidos vivos; entretanto, no ano passado a província atingiu 4,2, à altura de países de alto grau de desenvolvimento. Nas montanhas do plano Turquino, a mortalidade infantil é zero, ressaltou.

Contudo, expressou que para poder levar a cabo direitos e oportunidades que hoje parecem normais e alguns dão por certo, houve que verter rios de suor e até sangue.

Em seu discurso, o segundo-secretário do Partido se referiu à significação de Sancti Spíritus para Máximo Gómez, que travou ali a campanha de La Reforma.

Dedicou umas palavras ao legado e símbolo que representa Serafín Sánchez para a pátria, exemplo da estirpe gloriosa de nosso povo e que é a mesma daqueles que assaltaram o Moncada e vieram no iate Granma, dos internacionalistas e dos revolucionários.

Por sua parte, o primeiro secretário do PCC na província, José Ramón Monteagudo, expressou o orgulho local por ser a sede do 26 de julho no ano de aniversário de Fidel.

A Fidel, que sentimos presente, lhe transmitimos a felicitação, o carinho e a lealdade sem limites do povo espirituano (gentílico de quem nasce em Sancti Spíritus, N.R.). Este é um dia de júbilo e confiança nas ideias que defendemos, apontou.

Também nas redes sociais, as mensagens de saudação e compromisso com o líder histórico da revolução cubana tiveram um notável protagonismo.

Vários cibernautas assinalaram no Facebook e Twitter que a Fidel Castro, artífice da gesta moncadista, se dedicou o ato central pelo 26 de julho, e expressaram a vontade da juventude de continuar o legado das gerações precedentes.

Os hashtags #Cuba, #SanctiSpiritusEn26, #SiempreEs26, #FidelEntreNosotros, se posicionaram nos primeiros lugares das redes sociais, com mensagens de tributo e compromisso com a obra iniciada há 63 anos com o assalto aos quartéis de Moncada, em Santiago de Cuba e Carlos Manuel de Céspedes, em Bayamo.

Este acontecimento, apesar de ter sido um fracasso militar, inspirou a que pouco mais de três anos depois se retome a luta armada que alcançou a definitiva independência de Cuba em 1º de janeiro de 1959.

Sancti Spíritus, que fica a 355 quilômetros a leste de Havana, foi selecionada como sede das comemorações por mostrar durante os últimos meses um crescimento sustentado de seus principais indicadores econômico-sociais, incluídos o crescimento de sua produção e o cumprimento do plano açucareiro.

Da Redação do Resistência, com Prensa Latina e Granma

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