Solidariedade

Greve de fome de presos políticos palestinos recebe solidariedade no Brasil

20/05/2017

Organizações sociais brasileiras, partidos políticos nacionais e movimentos palestinos no Brasil realizaram na última sexta-feira (19) na sede da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), em São Paulo, reunião em que lançaram campanha em solidariedade aos prisioneiros palestinos em greve de fome em Israel.

Há mais de um mês, cerca de 1.500 presos políticos palestinos protestam contra maus tratos e desrespeito aos direitos humanos nos cárceres israelenses.

Os prisioneiros palestinos e movimentos sociais e políticos que os apoiam dirigem-se à comunidade internacional para exigir que Israel respeite seus direitos humanitários.

Os presos em greve de fome enviaram uma carta exigindo que o Conselho de Segurança da ONU pressione Israel para que cumpra com as demandas humanitárias nas prisões.

O documento foi entregue em 10 e maio na sede da ONU em Ramala, segundo confirmou às agências noticiosas internacionais Mustafá Barguti, membro do Comitê Executivo da Organização para a Liberdade da Palestina (OLP), que acrescentou que os presos estão à espera de uma reação.

“A carta é muito clara”, explicou Barguti. “Os presos pedem às Nações Unidas que tenham uma postura neste assunto para exigir de Israel medidas mais humanas em suas prisões e exerça pressão sobre o governo”.

Até agora, os representantes da OLP nas Nações Unidas se queixaram que Israel não respondeu às petições dos prisioneiros relativas a acabar com o uso de celas de isolamento, tortura, negligência médica, detenção administrativa, bem como acesso à educação, cuidado médico e visitas de familiares.

A representante da OLP nas Nações Unidas, Feda Abdelhady Naser, assegura que, segundo os presos, “se intensificaram os mau-tratos e o castigo coletivo nas prisões” desde que os detentos começaram seu protesto.

A greve de fome é liderada por Marwan Barguti, de 58 anos e que cumpre prisão perpétua.

Em solidariedade aos prisioneiros políticos palestinos em greve de fome, parlamentares brasileiros se pronunciarão no Congresso Nacional na próxima semana e circulará um manifesto aberto à adesão de personalidades, partidos políticos e movimentos sociais.

Participaram da reunião MST, CUT, Cebrapaz, PCdoB, PCB, UJC, PPL, Fepal, Comitê Democrático Palestino, Campo Progressista Palestino e Centro Cultural Palestino em SP.

Redação do Resistência

 

 

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