Resistência

Na quarta-feira (31), no marco de um diálogo para pacificar a Venezuela, a delegação do governo venezuelano e a oposição assinaram uma ata que contém avanços em pontos sobre os quais já existe acordo na sequência dos debates feitos na mesa de diálogo que se realiza na República Dominicana, depois dos encontros mantidos durante quatro dias no país caribenho.

“A mesa de diálogo nos permitiu chegar a um pré-acordo entre as partes que permitiu assinar uma ata em que estão contidos os elementos de entendimento entre a direita venezuelana e a República Bolivariana da Venezuela”, disse o chefe da delegação do governo, Jorge Rodríguez ao final da jornada.

Rodríguez afirmou que desta maneira são derrotadas as pretensões de setores externos que buscam sabotar o processo de diálogo, em função da paz da Venezuela.

Ele chamou a comunidade internacional a que “respeite e colabore com os termos estabelecidos no pré-acordo” e “acompanhem as infinitas ânsias de paz, de tranquilidade, de soberania, de independência do povo da Venezuela”.

E agradeceu aos acompanhantes internacionais, ao presidente da República Dominicana, Danilo Medina, e à oposição por sua disposição de dialogar apesar das pressões de setores internacionais.

Por sua parte, o presidente Medina, da República Dominicana, destacou que a ata de pré-acordos foi assinada por todas as partes envolvidas neste processo.

“Tenho em meu poder uma ata dos avanços da agenda para os acordos de diálogo e convivência democrática na Venezuela que está assinada pelas partes e da qual sou o condutor”, afirmou.

Medina explicou que existe apenas o original do documento, sem cópias, pois se mantém o princípio de que “nada está acordado até que tudo esteja acordado”. Ainda existem pontos para sintonizar a fim de selar um acordo definitivo.

Igualmente, o chefe da delegação oposicionista no diálogo de paz, Júlio Borges, reconheceu que há avanços para um acordo definitivo com o governo nacional.

O oposicionista coincidiu com Rodríguez em que houve avanços, mas há pontos nos quais não foram fechados acordos. Além disso, disse que a oposição realizará uma série de consultas a setores do país para que “os passos que forem dados sejam firmes e unitários”.

Os encontros entre o governo e a oposição continuarão nas próximas 72 horas em Caracas, capital venezuelana, para que prossiga a discussão dos pontos que faltam concretizar e se espera que na próxima segunda-feira (5) voltem à República Dominicana para tentar assinar o acordo definitivo.

Desde o início de sua gestão, o presidente da República, Nicolás Maduro fez mais de 400 chamados de diálogo aos partidos agrupados na Mesa da Unidade Democrática (MUD).

A partir de 2017 se reiniciou o proceso de diálogo na República Dominicana para a busca de um acordo definitivo que assegure a estabilidade política na Venezuela.

Resistência, com Agência Venezuelana de Notícias