Resistência

O chefe do Comando Estratégico Operacional da Força Armada Nacional Bolivariana (CEO-FANB), General Remigio Ceballos, confirmou que vai proteger o direito democrático dos venezuelanos de participarem das eleições em 30 de julho próximo.

A FANB garantirá a presença dos eleitores às urnas para eleger 537 dos 545 membros da Assembleia Nacional Constituinte (ANC), através da aplicação do Plano República.

O general Ceballos assegurou que as forças armadas bolivarianas cumprirão esta tarefa, de acordo com a Lei Orgânica de Processos Eleitorais (LOPE), que atribui à FANB garantir “o exercício do direito de voto e a garantia do cumprimento e segurança de todo o material e processo eleitoral”.

Ele acrescentou que nos próximos dias serão conhecidas “as medidas e elementos inovadores que, incorporados neste processo eleitoral, garantirão que haja paz durante o processo constituinte”, enfrentando aqueles que pretendem perturbar a normalidade no dia da eleição.

As declarações do alto oficial foram realizadas ao final de uma reunião na Escola de Infantaria, em Forte Tiuna, Caracas, da qual também participou a presidenta do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Tibisay Lucena.

Por sua parte, o CNE prevê realizar no próximo domingo uma feira constitucional em todo o país, para educar os venezuelanos sobre como votar nos futuros membros da ANC.

Segundo Lucena, foram ativadas 1.113 urnas para que os eleitores se familiarizem com o sistema e adquiram a prática de como votar com números nestas eleições, que elegerão 537 dos 545 membros da Assembleia Constituinte.

A titular do Poder Eleitoral indicou que a prática se estenderá durante todo o dia, e anunciou que domingo os jornais nacionais publicarão a lista dos candidatos à Assembleia Constituinte.

Sobre a campanha eleitoral, que começou domingo e terminará em 27 de julho, Lucena declarou que os candidatos podem usar três minutos por dia na televisão, uma página por dia nos jornais tipo tabloide e meia página no formato padrão.

Ela informou também que a CNE aprovou em sua reunião, na última quinta-feira (6 de jul), a não utilização de tinta indelével, uma vez que a Universidade Central da Venezuela (UCV) manifestou que não forneceria tinta para as eleições.

Lucena assegurou que a autenticação biométrica, feita com impressões digitais dos eleitores é mais do que uma garantia contra o voto duplo, e assegurará o princípio “um eleitor, um voto”.

Fonte: Prensa Latina