OEA
FDIM adverte sobre a estratégia de Almagro para tentar desestabilizar a Venezuela
A Federação Democrática Internacional de Mulheres (FDIM) advertiu que o secretário geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), Luis Almagro, dirige uma estratégia de desestabilização contra a Venezuela, que também é reproduzida na região por forças reacionárias contrárias ao desenvolvimento de processos progressistas e revolucionários.
Em seu comunicado divulgado neste domingo (19), a FDIM se refere ao relatório que Almagro apresentou no último 14 de março ao Conselho Permanente da OEA, no qual assume o papel de porta-voz da direita venezuelana e exige expulsar a Venezuela da organização baseando-se em juízos de valor, anexados ao discurso de porta-vozes da oposição que promovem uma intervenção no país.
“Em seu informe, o senhor Almagro interpreta a democracia usando critérios inclinados a favorecer as pretensões da extrema direita venezuelana, nos quais Almagro não esconde que lidera uma estratégia de desestabilização política contra a Venezuela, que também é reproduzida na região por forças reacionárias contrárias ao desenvolvimento de processos progressistas e revolucionários que devolveram a dignidade dos povos historicamente excluídos”, afirma o comunicado.
Também, o movimento de mulheres exortou os povos da América Latina a “lutar contra a tentativa do Sr. Almagro de voltar ao passado obscuro de opressão e ditaduras do século passado, e a defender nossos direitos”.
A seguir, o texto do comunicado da FDIM na íntegra:
FEDERAÇÃO DEMOCRÁTICA INTERNACIONAL DE MULHERES (FDIM) RECHAÇA ARGUMENTOS DESESTABILIZADORES DO SECRETÁRIO GERAL DA OEA CONTRA A VENEZUELA
Ante o relatório sobre a República Bolivariana da Venezuela apresentado pelo secretário geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, ao Conselho Permanente, em relação à aplicação do artigo 21 da Carta Democrática Interamericana que requer a suspensão da República Bolivariana da Venezuela das atividades da OEA, a Federação Democrática Internacional de Mulheres (FDIM), manifesta:
1 – Que o senhor Almagro interpreta a democracia com critérios inclinados a favorecer as pretensões da extrema direita venezuelana, a qual Almagro não esconde que lidera na OEA uma estratégia de desestabilização política contra a Venezuela; que também é reproduzida na região por forças reacionárias contrárias ao desenvolvimento de processos progressistas e revolucionários que devolveram a dignidade aos povos historicamente excluídos.
2 – Que não aceitamos seus argumentos relativos a uma crise humanitária que, segundo Almagro, afoga esse país negando os direitos fundamentais à sua cidadania. Crise de abastecimento criada por máfias, os contrabandistas, especuladores de divisas, encorajados pela direita recalcitrante.
3 – Que o presidente Nicolás Maduro soube superar tal crise junto ao povo, defendendo as conquistas da Revolução Bolivariana.
4 – Que a República Bolivariana da Venezuela é o quinto país do mundo com o maior número de estudantes universitários, onde 60% de estudantes matriculados são mulheres, e a redução da ociosidade feminina passou de 16% a 7,5%.
5 – Que a Revolução Bolivariana garante às mulheres seu direito a uma vida livre de violência, com serviços de atendimento jurídico e psicológico, casas de abrigo, centros de atendimento integral, formação de defensores comunitários, unidades de atendimento e um serviço de atendimento telefônico 24 horas do dia, durante todo o ano para as mulheres.
6 – Que na República Bolivariana da Venezuela é reconhecido e remunerado o trabalho no lar e o cuidado da família. E o programa “Sou Mulher”, do presidente Nicolás Maduro, financia milhares de projetos sócio-produtivos das mulheres.
7 – Que parabenizamos o povo e especialmente as mulheres por essas conquistas que só foram possíveis na República Bolivariana da Venezuela, que hoje o presidente Nicolás Maduro governa.
8 – Que condenamos o posicionamento intervencionista do Secretário Luis Almagro, exigimos o respeito à autodeterminação do povo venezuelano e exigimos que cessem as provocações e ações desestabilizadoras de Almagro.
9 – Que é inaceitável e repudiamos a atitude intervencionista de Almagro.
10 – Que tal atitude atenta contra a estabilidade na região e põe em sério questionamento o seu papel como Secretário Geral da OEA.
11 – Chamamos os povos, em especial as mulheres da América, a lutarem contra a tentativa do Sr. Almagro de retornar ao passado obscuro de opressão e ditaduras do século passado, e a defender nossos direitos.
São Salvador, 18 de março de 2017
Resistência, com AVN, tradução de Luci Nascimento