América Latina
Evo ratifica compromisso com a democracia e a refundação da Bolívia
O presidente da Bolívia, Evo Morales, conclamou nesta segunda-feira (22) toda a população boliviana a esperar com serenidade os resultados definitivos do referendo constitucional deste domingo e ratificou que o resultado será respeitado mesmo que a diferença seja mínima.
“Nós vamos respeitar os resultados, isso é a democracia e repito o pedido a todos os setores sociais que participaram e estão com o Sim ou com o Não: muita serenidade, muita responsabilidade e vamos aguardar o resultado final”, manifestou o mandatário, em coletiva à imprensa no Palácio de Governo, em La Paz, onde também ratificou seu compromisso com a refundação da Bolívia para consolidar o projeto social e econômico de inclusão que começou há 10 anos.
Os bolivianos decidem nesta eleição se aceitam a modificação na Constituição da República para permitir um terceiro mandato ao presidente e vice-presidente.
No último informe do Tribunal Supremo Eleitoral, com 72,5% dos votos apurados, o Não tinha 56,5% e o sim 43,2%.
Evo Morales destacou que nas comunidades rurais o apoio ao Sim no referendo chegou a 90%.
Diante disso, saudou o apoio dos movimentos sociais e camponeses: “Meu respeito e admiração pelo apoio e voto dos irmãos do campo”.
Evo reafirmou que a luta seguirá pelo país e reiterou sua condenação à guerra suja que marcou a campanha eleitoral da direita em aliança com os meios de comunicação nacionais e internacionais, que se baseou na difamação e descrédito da gestão do governo.
Recordou que quando era dirigente sindical, antes de chegar à presidência, em 2006, “me acusaram de assassino, de subversivo, de sedicioso, me processaram, me torturaram”.
O chefe de Estado boliviano assinalou que a direita não manteve um debate ideológico nem programático, e sim uma campanha de insultos com a intenção de voltar ao passado, ao neoliberalismo, “depois de nos termos liberado politicamente, com também economicamente, agora a Bolívia é outra, assegurou”.
Evo condenou também o uso das redes sociais para difundir mentiras e interesses alheio à Bolívia, falar mal do país, “com o que dão um mal exemplo às novas gerações”.
O Presidente realçou que o trabalho deve seguir pelo país, “vamos seguir convocando a prefeitos, prefeitas e governadores opositores a trabalhar conjuntamente”.
Fonte: AVN, tradução: Wevergton Brito Lima