América Latina
Equador: Aliança País realizou convenção em clima de confrontação com o Governo de Lenín Moreno
A Aliança País realizou, neste domingo, dia 3 de dezembro, sua 7ª Convenção Nacional, “apesar do boicote e provocação permanente do atual governo (do presidente Lenín Moreno)”, segundo trecho de uma nota divulgada pela AP e remetida aos partidos integrantes do Foro de São Paulo.
Lenín Moreno foi eleito presidente da República em abril deste ano pela Aliança País, mas existe um clima de confrontação aberta com os principais dirigentes da AP, liderados pelo ex-presidente Rafael Correa, que acusam o mandatário de trair o programa eleitoral do partido (leia aqui a matéria “No Equador há uma ruptura constitucional”).
A 7ª Convenção reconheceu e respaldou “a liderança histórica de Rafael Correa Delgado no processo da Revolução Cidadã e mantêm sua condição de Presidente Honorário e Vitalício da AP.”
A nota informa ainda que “no caso do atual governo tentar apoderar-se de maneira ilegal e ilegítima do aparato da organização, irá se iniciar o processo de conformação de um novo movimento ou partido político que levará as siglas e as bandeiras da Revolução Cidadã.” A ala morenista da Aliança País diz, no entanto, que a 7ª Convenção não é legítima e, portanto, não reconhece suas resoluções.
Leia abaixo a íntegra da nota emitida pela Aliança País, com tradução da Redação do Resistência.
Esmeraldas, Equador, 3 de dezembro de 2017
Companheiras e companheiros,
Amigas e amigos da América Latina e do mundo,
Com o carinho de sempre, queremos informar-lhes que no dia de hoje, domingo 3 de dezembro, se levou a cabo a VII Convenção da Aliança País (AP) na histórica cidade de Esmeraldas, referência de dignidade e luta do povo equatoriano, com a presença do nosso companheiro Rafael Correa Delgado.
Apesar do boicote e provocação permanente do atual governo, compareceram milhares de delegados e militantes, e a Convenção se realizou em completa paz e alegria.
Como parte das conclusões da jornada nos permitimos comunicar a vocês os seguintes pontos:
- Reconhecer e respaldar a liderança histórica de Rafael Correa Delgado no processo da Revolução Cidadã e manter sua condição de Presidente Honorário e Vitalício da AP.
- Ratificar Ricardo Patiño Aroca, ex-chanceler da República, como presidente da AP, de acordo com a resolução da Direção Nacional do passado 31 de outubro.
- Ratificar a Gabriela Rivadeneira Burbano, ex-Presidenta da Assembleia Nacional, como Secretária-Executiva da AP.
- No caso do atual governo tentar apoderar-se de maneira ilegal e ilegítima do aparato da organização, irá se iniciar o processo de conformação de um novo movimento ou partido político que levará as siglas e as bandeiras da Revolução Cidadã.
Sabemos que nestes momentos difíceis contamos com seu respaldo, apoio e solidariedade. Tenham segurança que seguiremos defendendo um projeto histórico de justiça social, soberania e dignidade.
Atentamente,
Movimento Aliança PAÍS